Criação de novo partido pode provocar dança das cadeiras em Santarém.
O anúncio da criação de mais as sigla partidária PSD, anunciado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, é um norte que deverá ser seguido, para burlar a lei eleitoral e sair impune. Como agora perde o mandato quem sai do partido para se filiar a outro, a alternativa, é criar uma nova sigla.
Pior que isso, é saber qual o principal motivo: Tentativa de transformar o DEM em partido aliado ao governo Dilma. As interpretações sobre perda de mandato acabaram com a farra da dança das cadeiras.
Em Santarém, por exemplo, se não houvesse punição, os únicos representantes do PMDB na Câmara, José Maria Tapajós e Maurício Corrêa, já estariam em outro, logo depois do fim das eleições de 2008.
Sem falar naqueles que hoje escondem a sua insatisfação com a sigla à qual pertencem. Com a criação de uma nova sigla, o campo fica propício a uma enxurrada de vereadores descontentes e tíbios com seus partidos de origem.
Quando a Legislação era mais “frouxa” a tal dança das cadeiras rolava solta na Câmara Municipal de Santarém. O recordista dessa façanha foi o então vereador e médico Júlio César Imbiriba de Castro, que teria mudado de partido por cinco vezes, na mesma legislatura. Júlio César foi seguido de perto pelo atual Secretário de Segurança Cidadã, Luís Alberto, e pelo empresário Paulo Gasolina dentro da história política de mudança de partido.
Fontes reservadas afirmam que Maurício Corrêa vai se desligar do PMDB, para se filiar ao PTB, inclusive para ser candidato a Prefeito. Seu suplente é o vereador Erlon Rocha, filho do seu desafeto, deputado Antônio Rocha, que ato contínuo, providenciaria a perda de mandato de Maurício, baseado na jurisprudência eleitoral vigente.
Maurício até já teria se precavido e teria como álibi que foi sido obrigado a mudar de partido por ter sido impedido de ser candidato a Deputado Estadual. Se o argumento é pertinente, não se sabe.
Talvez agora, com um novo partido, o vereador Maurício consiga “escapar” da cassação se filiando à nova sigla. O novo partido, quem tem as mesmas iniciais do antigo PSD, que abrigou no Pará, o “Baratismo”, só é lembrado pelos eleitores da terceira idade, cuja ideologia tinha cunho totalitário, o que seria um retrocesso para a capenga e ainda fragilizado democracia brasileira.
Outra mudança que agora já tem jurisprudência, é que o mandato não é do partido e sim da coligação. A decisão saiu na semana passada. Os partidos nanicos vão só valorizar suas barganhas, pois verão suas aspirações de ter vagas com possibilidades remotas. Essas vagas serão ocupadas em uma coalizão, pelos maiores partidos. Daí o complicado coeficiente eleitoral, deixa de ser justo com os partidos de aluguel.
Da Redação