Servidores da Justiça paralisam atividades em Santarém

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O movimento iniciou as 08h, em frente ao prédio da Comarca de Santarém, onde encerrou as 10h.

Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ/PA), que atuam nas 14 varas judiciais e nos setores administrativos da Comarca de Santarém, realizaram na manhã desta sexta-feira, 13, uma paralisação de advertência de duas horas. O movimento iniciou as 08h, em frente ao prédio da Comarca de Santarém, onde encerrou as 10h.

A paralisação aconteceu em apoio ao “Movimento ReaJusto Já”, iniciado há uma semana pelos servidores da Comarca de Castanhal, que tem por objetivo chamar atenção do presidente do TJ/PA, desembargador Constantino Guerreiro, para a necessidade da abertura de diálogo com os servidores sobre o reajuste da categoria.

O Tribunal de Justiça se manifestou através de uma nota, no inicio desta semana, informando que não é possível conceder nenhum reajuste nos salários neste momento, diante da crise econômica nacional, o que é contestado por lideranças sindicais, principalmente do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Pará (Sinjep), a mais antiga entidade representativa da categoria.

As outras duas agremiações sindicais, entre elas, o Sindicato dos Funcionários do Poder Judiciário do Pará (Sindju) e o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Pará (Sindojus), ainda não se manifestaram sobre a questão. Porém, o Sindojus informou que realiza Assembleia Geral, na manhã de hoje, em Belém.

Desde o inicio desta semana acontecem manifestações de servidores no Fórum da Capital, inclusive com uma passeata. Altamira e outras comarcas do interior também se mobilizam para apoiar o movimento, que começou através das redes sociais, com postagens de fotos em protesto à posição do TJ/PA.

Em Santarém, os servidores se vestiram de preto e continuam o protesto com uma faixa em frente ao prédio do Fórum.  Os servidores afirmam que querem diálogo, por conta dos salários da categoria estar defasados.

“Queremos que os desembargadores abram um canal de dialogo”, diz um dos lideres do movimento em Santarém, Antonio do Carmo. A paralisação por duas horas , segundo Antonio, foi apenas uma advertência.

“Caso o diálogo não seja possível, vamos avançar para outras medidas. Os nossos salários estão defasados e queremos um reajuste urgente. No Fórum de Santarém também tem o problema de poucos funcionários para atender uma grande demanda da região. Queremos contratação de mais servidores”, argumenta Antonio.

Por Manoel Cardoso

RG 15 / O Impacto

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