Projeto de Manejo Sustentável vira caso de polícia em Alenquer
Segundo afirmação de ambientalistas e comunitários adjacentes da Fazenda Capintuba, localizada às proximidades da sede do município de Alenquer, numa área de aproximadamente 16 mil hectares, os prejuízos com a derrubada de árvores nativas estão causando danos incalculáveis no que concerne a impacto ambiental.
Em síntese, a biodiversidade está generalizadamente agredida, já que milhares de animais nativos estão se refugiando e/ou migrando de seu habitat, por conta dos sons e ruídos de motoserras, tratores, caminhões, balsas e até mesmo os estrondos de milhares de árvores centenárias atiradas impiedosamente ao chão.
Vale ressaltar que tudo isso vem acontecendo sobre a égide de “Projeto de Manejo Sustentável”, cuja exploração da referida madeira, é objeto de licença ambiental, através instituições da esfera superior, que por sua vez, tem a incumbência de defender e proteger a flora e a fauna da ação avassaladora do capitalismo selvagem. Por razões óbvios, um grupo de ativistas realizou um grande protesto na comunidade Curumum, quando de forma traumática, presenciaram a saída de grandes quantidades de toras de madeira transportada em uma balsa de aproximadamente 300 metros de comprimento. Devido sua extensão, ao adentrar no estreito furo do Uruxi, foi destruindo parte do barranco e arrancando árvores
A revolta dos manifestantes é pelo fato que, a extração da madeira nativa, feita por uma firma do Sul do País, apenas deixa como herança para o Município rastro de destruição e impacto ambiental. Assim sendo, em detrimento do desmatamento ilegal, no entendimento dos preservacionistas, virou caso de Polícia.
Como se tudo isso não bastasse, os comunitários às proximidades do referido projeto e das periferias do Município, estão aterrorizados com a migração de felinos (onça) as quais, estão causando pânico e preocupação à população. Como a mata era muito compacta, outras espécies silvícolas como tatu, paca, caititu, veado, etc., estão sendo capturadas facilmente, através da caça predatória praticadas por criminosos ambientais.
Dentro de tantas controvérsias, o proprietário da Fazenda, Otávio Lobato, afirma que a extração da madeira, objeto de polêmica e especulação, está dentro dos paramentos legais.
Por: Hemenegildo Garcia
Meu Jovem Hemenegildo, cabe ao poder municipal, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente ou de Agricultura, apurar se realmente trata-se de um PMFS, caso contrário o município por ser um ente federado, pode embargar a retirada de madeiras que porventura possa ser ilegal, visto tratar-se de impacto ambiental local.