Novo golpe atinge pacientes de hospitais particulares
Um novo golpe tem atingido familiares de pacientes que estão internados em hospitais particulares, principalmente pacientes que estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Se aproveitando da fragilidade da família, um suposto médico liga para a vítima informando que o paciente precisa realizar um exame específico que o hospital não oferece e pede para que seja feito um depósito bancário. Vários casos em diversos hospitais particulares têm sido denunciados à polícia, que investiga o caso.
A família da jornalista Larissa Ribeiro, de Belém, mas residindo no Rio de Janeiro, quase caiu no golpe. A avó da jornalista está internada no Hospital Porto Dias, na capital paraense. A farsa não deu certo porque a família entrou em contato com a direção do estabelecimento de saúde e o golpe foi desmascarado. Diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviço de Saúde do Estado do Estado do Pará (Sindesspa), Leonardo Daher, disse que esse tipo de crime vem crescendo em Belém e pediu providências dos órgãos competentes e, maior proteção das informações por parte dos hospitais em relação a seus pacientes.
“Tanto as instituições quanto os pacientes são vítimas de criminosos”, observou Leonardo Daher, para quem a ação criminosa não parte da instituição, origina-se fora dela, no ambiente externo. Ele informou que o Sindicato reúne informações sobre episódios similares no Pará e, em outros Estados em parceria com a Confederação Nacional de Saúde, já que se trata de uma prática ilícita com ocorrência nacional, para apresentação aos órgãos de segurança do Pará.
“A ideia não é a crítica pela crítica, mas a proposição de medidas para saber o que podemos fazer juntos, entendemos que somos todos vítimas e precisamos dar mais segurança para a sociedade e para o setor de saúde, como um todo”, frisou Leonardo Daher.
Larissa Ribeiro usou sua página no Facebook para denunciar a tentativa de golpe. Com a avó internada no Hospital Porto Dias, em Belém, a família recebeu uma ligação de um homem que se identificou como o médico Bruno Brasil. Ele afirmou que para garantir agilidade no atendimento seria necessário pagar um procedimento no valor de R$ 1,5 mil. O homem tinha dados da internação da avó de Larissa. Bruno Brasil é o nome de um médico do hospital, e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia no Pará (Sbot-PA).
A direção do hospital desconfia que o estelionatário que se passou pelo ortopedista seja funcionário ou que tenha relação com alguma relação com alguém do hospital, já que havia dados sobre a internação e foi usado o nome de um profissional do estabelecimento. A família de Larissa não caiu no golpe e ainda descobriu que outras pessoas teriam caído. O post da Larissa no facebook diz que o falso médico teria, inclusive, recomenda.
Fonte: Portal ORM News