Líder comunitário denuncia descaso das autoridades com a população
Em Santarém, oeste do Pará, os moradores da grande área do Santarenzinho e Maracanã, promoveram reunião junto às autoridades locais para apresentar demandas em relação ao momento de vulnerabilidade relacionadas à segurança pública. De acordo com o líder comunitário José Maria Lira, a reunião teve como principal objetivo debater o crescente índice de violência na região. Estiveram presentes: O comando do 3° Batalhão Polícia Militar (3º BPM), representado pelo Major Tarcísio e Major Valério; o Vice-prefeito eleito, José Maria Tapajós; além das lideranças de algumas associações de moradores; da classe empresarial e da classe evangélica.
“Foi uma reunião muito proveitosa, na qual estivemos reunidos das 9h até as 12h da manhã. Lá traçamos alguns objetivos para minimizar esse problema, que é a questão da segurança naquela grande área. Já tivemos notícias de pessoas entrando nas casas à luz do dia; pai de família acordando pela madrugada com assaltante dentro de casa. Com agravante desse assaltante ter voltado no outro dia para tirar satisfação do pai de família, porque ele fez boletim de ocorrência. Eu mesmo já fui assaltado duas vezes. Então, é um problema muito complexo na grande área do Santarezinho que nós percebemos que o Poder Público tem deixado muito a desejar no que tange à implementação da segurança pública”, disse José Maria Lira.
O comunitário também relatou à nossa equipe de reportagem, um fato que causou bastante revolta nos moradores daquela localidade. ”Uma jovem estava em frente da sua residência, localizada no bairro Elcione Baralho. Essa moça de 19 anos foi agredida subitamente, com um murro no seu rosto, a qual causou uma grave lesão fazendo-a perder muito sangue. O seu agressor fugiu. Segundo os relatos, tratava-se um homem que estava visivelmente drogado. Ela procurou seus direitos, tentando registrar um boletim de ocorrência, mas infelizmente a Delegacia da Mulher estava fechada para atendê-la. Então, o problema não é somente a questão da violência em si; o atendimento às vítimas, do nosso ponto de vista, está deixando muito a desejar. A Jovem foi à UIPP do Santarenzinho, e lá também não foi atendida. Sendo atendida somente na segunda-feira, depois de 48 horas da agressão”, relatou Lira.
De acordo com os dados da Polícia, a grande área do Santarenzinho e Maracanã estão entre as que mais enfrentam problemas com a crescente onda de violência, em sua maioria, relacionadas à comercialização e consumo de substâncias entorpecentes.
“A palavra crime organizado cabe muito bem no que estamos vivendo hoje, o crime não dorme, ele perdura dia e noite, 24h! Mas alguns órgãos de segurança infelizmente estão deixando a desejar. As pessoas não são atendidas satisfatoriamente; e quando são, recebem um péssimo atendimento; também não há a questão da punição, pois se houve uma agressão, um roubo tem de haver uma força policial, tem de investigar e punir exemplarmente os malfeitores para as pessoas de bem poderem sair à rua e andar livremente. Na grande área do Santarenzinho e Maracanã é composta, hoje, por aproximadamente 70 mil habitantes, são dez bairros, é praticamente uma cidade! Com a construção do Shopping e do Residencial Salvação, o fluxo de pessoas aumentou muito nos últimos tempos. Há dois anos nós fomos contemplados com sistema de monitoramente de câmeras 24h, numa parceria do Governo do Estado, Secretaria de Segurança e Governo Federal. Esse sistema viria acompanhado de dois carros e duas motos para fazer um trabalho de prevenção e combate às drogas. As câmeras vieram, parte do convênio foi efetivada, porém, a parte da implementação não foi. Ou seja, as 20 câmeras de monitoramento 24h com sistema operacional atuante, estão paradas, no quartel do 3° BPM. Os dois carros e as duas motos, que serviriam de combate e prevenção às drogas; também estão parados. Então, nós reunimos hoje como forma de cobrar a efetivação desse convênio e aquilo que foi prometido para nós, há mais ou menos 2 anos através do Secretário de Segurança Pública. Os órgãos competentes estão ficando inertes e o problema da violência não está, é todo dia com problema de violência aqui na grande área. Que as autoridades se sensibilizem pela grande área do Santarenzinho e Maracanã, pelo crescimento da região, por tudo que representam a Santarém. Tem de haver um tratamento diferenciado, ainda mais ao que tange à segurança pública, somos mais de 70 mil habitantes e precisamos de um investimento melhor e mais qualificado. Sabemos que a situação é complexa, mas se houver um pouco mais de interesse, um pouco mais de vontade política das nossas autoridades, com certeza esses problemas serão muito bem dirimidos”, expõe José Lira.
Para ele, uma estrutura que estava contribuindo com o policiamento ostensivo está com os trabalhos prejudicados. Trata-se da Cavalaria da PM. O assunto também foi abordado na reunião que aconteceu na segunda-feira (17), que teve, segundo Lira, alguns encaminhamentos. “Após esta reunião, o próximo passo será fazer uma reunião mais reduzida de trabalhos. Houve sensibilidade da parte do comando do próximo governo, em ter uma parceria com a PM. Tem um quartel da Cavalaria implantado hoje no bairro do Maracanã e ele é de suma importância para a segurança, mas está inoperante, pois o caminhão que carrega os cavalos está quebrado, sai a guarnição, percorre um percurso curto e volta, pois há toda uma situação veterinária dos cavalos. Então, ficou acertado de haver uma aceleração de cobrança por parte do poder público, para efetivação desses convênios e melhor segurança na área do Santarenzinho e Maracanã”, e acrescenta, afirmando que falta iniciativa dos gestores públicos para beneficiar a comunidade, “[…]Vontade política, mais empenho. A grande área está crescendo com grandes investimentos, porém, o ônus está ficando alto para a população estar pagando. O bônus, é que o poder público coloca investimentos lá, como estabelecimentos comerciais e o Residencial Salvação. Há um crescimento absurdo da violência no bairro queremos dar um basta nisso!”, finalizou José Maria Lira.
Por: Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto
Moro em Guararema mais conhecidA por cidade natal
cidade essa que a população sofre
`COM A AGUA PODRE
PAGAMOS CARO PARA RECEBER ESGOTO NAS TORNEIRAS
´COM A FALTA DE ENERGIA ENTRE OUTRAS COISAS
Plausível e coerente esta assembléia com as lideranças e as autoridades tanto àquelas responsáveis direta e as indiretas . Vista pois como disse o líder comunitário “a violência não dorme” sim ela está ativa as 24 horas do dia . Latente e só esperando o melhor momento para se manifestar …
Parabéns José Lira