A contribuição do Estado para a marginalidade

O Estado Brasileiro ao longo de sua história descuidou-se da evolução da sociedade emergente, que crescia à luz da revolução da informação, sem estrutura educacional que equacionasse a grande demanda da classe emergente e camadas sociais vulneráveis, por serem dependentes e subservientes da mais falsa distribuição de renda imposta por programas sociais, como por exemplo, o cartão Bolsa Família, que hoje nada mais é do que uma bandeira partidária, contribuindo para a formação dos grandes bolsões de pobreza e marginalidade.

Marginalidade essa que o Estado combate com mãos de ferro, como se o cidadão fosse o único culpado por essa situação. No entanto, esse cidadão que você vê e condena por suas ações de má fé, nunca teve a atenção que rege a nossa famosa Constituição Cidadã.

Pare e pergunte a esse pobre coitado que acaba de ser condenado, quantas vezes ele teve seus direitos garantidos, como por exemplo, o acesso às políticas públicas de saúde, educação, assistência social, dentre outros.

É justo o Estado condenar, sendo ele o principal responsável por esta situação constrangedora que ele próprio submete seus cidadãos?

Por: Miguel Pereira Neto – Assistente Social