Cardiologistas ensinam como agir em casos de parada cardíaca
Quando uma pessoa sofre parada cardíaca, cada minuto conta e pode salvar uma vida. De cada dez vítimas, duas não têm nenhum sintoma e oito não resistem antes de chegar ao hospital. A cada dois minutos, um brasileiro morre subitamente – são mais de 700 por dia e 270 mil por ano.
O Bem Estar desta terça-feira (12) mostra que saber como agir em momentos como esse pode ser decisivo entre a vida e a morte. Quem explicou o assunto foram os cardiologistas Sérgio Timerman e Roberto Kalil, que também é consultor do programa. No estúdio, Kalil diferenciou infarto e arritmia.
A primeira medida deve ser acionar o socorro, pelo 192. O número do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) vale para todo o Brasil. Até a emergência chegar, no entanto, é preciso fazer a massagem cardíaca. Nas ambulâncias, há um desfibrilador, aparelho que fornece uma descarga elétrica à vítima e faz com que o coração volte ao ritmo normal.
Para fazer a massagem, é necessário cruzar uma mão por cima da outra, entrelaçando os dedos e mantendo a de baixo bem reta, no meio do tórax do paciente. A coluna deve ficar ereta e os braços, esticados. Se o indivíduo estiver em uma cama ou sofá, deve ser removido para uma superfície dura, que vai ajudar na compressão.
Em crianças, o princípio do atendimento é o mesmo, mas a massagem tem algumas diferenças: são 30 compressões para 2 ventilações, com intervalo de um segundo cada. Deve-se também assoprar a boca. Além disso, os pequenos devem ser treinados para entrar em ação em emergências, já que mais de 80% dos casos ocorrem em casa, na frente de crianças, adolescentes e idosos.
Em janeiro de 2010, a pedagoga Cristine Paolillo teve uma parada cardíaca e sobreviveu. Na ocasião, sentiu fortes dores nas costas, pulsação baixa, língua enrolada e formigamento no braço esquerdo. O namorado Marcos Roberto Scalone demorou a perceber a gravidade dos sintomas e achou que se tratava apenas de uma indigestão alimentar de ano-novo.
A parada cardíaca de Cristine foi provocada por uma arritmia grave. Hoje ela vive com um marcapasso e desfibrilador dentro do peito.
Do G1