Prefeito propõe novo modelo de gestão para o Hospital Municipal
Nélio Aguiar e secretário Edson Filho apostam no novo modelo por Organização Social (OS)
Demora no atendimento, superlotação, falta de medicamentos e de equipamentos estão entre as principais reclamações diárias envolvendo a área da saúde no município de Santarém. Com o objetivo de suprimir esses problemas, o prefeito Nélio Aguiar encaminhou à Câmara de Vereadores, na segunda-feira (12), um projeto de lei que propõe um novo modelo de gestão por Organização Social (OS) dos serviços de saúde no Município.
“Todos esses problemas que enfrentamos hoje são de gestão própria. O exemplo de gestão por OS que temos é o Hospital Regional do Baixo Amazonas. A gente vê na prática que funciona. Tem melhor atendimento, não falta equipamento, o atendimento é humanizado, melhora capacitação, melhora tudo”, ressaltou o Prefeito.
O HMS possui atualmente 314 leitos cadastrados. Somente na segunda-feira (12), foram atendidos 127 pacientes a mais do que a capacidade suporta. “Nossa intenção é acabar com a superlotação. Queremos que funcione com a quantidade de leitos que existe. Não podemos ter uma média de 300 leitos e 400 pacientes internados. Queremos oferecer um atendimento de melhor qualidade para quem está internado. Se a gente continuar a fazer o que sempre foi feito, vamos entregar a gestão como sempre entregaram”, reforçou o secretário de saúde, Edson Filho.
O Prefeito aposta no novo modelo, e afirma que o apoio da Câmara de Vereadores, Conselho Municipal de Saúde e população é fundamental. “Precisamos enfrentar esse problema porque todos nós queremos melhorar o atendimento no Hospital Municipal. Ninguém aqui concorda com o atendimento que é dado ao nosso paciente hoje. Pra fazer mudança, temos que tomar decisões corajosas. Queremos uma fórmula diferente”, disse Nélio.
TRANSFERÊNCIA DO SERVIÇO DE HEMODIÁLISE PARA O GOVERNO DO ESTADO SERÁ MELHOR PARA OS PACIENTES
Durante entrevista coletiva à imprensa na segunda-feira (12), o governo municipal anunciou que solicitou formalmente a transferência da gestão do serviço de hemodiálise para o governo do Estado. O prefeito de Santarém Nélio Aguiar e o secretário Municipal de Saúde, Edson Filho, esclareceram que a mudança não vai gerar problemas aos pacientes.
“Não temos condição de estar assumindo essa responsabilidade. Há necessidade de ampliação do serviço, de aquisição de novas máquinas de hemodiálise, de atender a demanda que existe na região e nós não temos condições de manter a gestão da hemodiálise no Município. O Estado precisa tomar conta disso porque é alta complexidade”, disse o prefeito Nélio Aguiar.
O prefeito ressaltou que a mudança não propõe a transferência de pacientes para Belém e explica que ocorrerá um processo gradativo de transição. “A ideia é cedermos um espaço para o Estado que utilizará o tempo que for necessário. Também poderão ampliar o serviço que já existe no Hospital Regional do Baixo Amazonas e absorver essa demanda para lá”, sugeriu.
Para o Secretário de Saúde, se concretizada, a transferência do serviço trará benefícios. “Vejo como positivo se o Estado assumir. Isso vai diminuir a lotação no Hospital Municipal que tem hoje cerca de 30 a 40 pacientes ocupando leitos por não termos vaga específica para hemodiálise”, afirmou o secretário Edson Filho.
Atualmente o município de Santarém possui 26 pacientes morando no Hospital Municipal aguardando vaga para atendimento em uma máquina de hemodiálise. “Não podemos assumir isso porque é um custo muito grande, é ocupação de leito. O Estado precisa resolver porque a responsabilidade é dele”, concluiu o prefeito Nélio.
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/PMS