Justiça manda soltar policiais envolvidos na Chacina de Pau D’Arco
A justiça de Redenção decidiu, na terça-feira (8), rejeitar o pedido de prorrogação da prisão temporária dos 13 policiais que estão presos por suspeita de participação na chacina que resultou na morte de 10 trabalhadores rurais em Pau D’arco, sudeste do Pará. Jun Kubota, juiz autor da decisão, alegou que a prisão dos policiais não é necessária para a conclusão das investigações.
A chacina de Pau D’Arco aconteceu no dia 24 de maio, na fazenda Santa Lúcia. Um grupo de policiais civis e militares foi até a fazenda para dar cumprimento a mandados de prisão e acabou assassinando dez trabalhadores.
Os policiais envolvidos na matança argumentaram que os assentados tinham um arsenal de armas de fogo e reagiram à presença dos policiais, o que foi rechaçado por testemunhas e comissões do Ministério Público Federal, das Assembleia Legislativa do Pará e da Ordem dos Advogados. O próprio Governo do Estado admitiu que houve chacina no local.
Familiares das vítimas e sobreviventes alegam que a ocupação da fazenda era pacífica, que os policiais chegaram de forma truculenta e atiraram sem provocação.
Segundo a Comissão de Direitos Humanos da Alepa, no dia em que os posseiros foram mortos, policiais envolvidos na operação retiraram os corpos antes que perícia fosse realizada.
A perícia feita nos corpos concluiu que nove posseiros foram baleados no peito e uma mulher atingida na cabeça com um tiro à queima-roupa. Ainda segundo os peritos, não havia marcas de bala nos coletes dos policiais.
Fonte: Dol