Cineasta santareno ganha prêmio pelo seu filme em Belém

Emanoel Loureiro

Nesta entrevista, ele fala da premiação do filme, a possibilidade da volta de cinema em Santarém e outros assuntos ligados à cinema. Confira!

  
  JS. Conte – nos sobre o novo prêmio que você conquistou em Belém com seu filme Meu Tempo Menino?
  EL.     No  1º Festival Curta Cultura, realizado pela Fundação de Radiodifusão do Pará (FUNTELPA) e Associação Brasileira de Documentarias e Curta Metragistas (Seção Pará), concorreram todas as produções paraenses realizadas nos últimos 3 anos e ganhar o  prêmio principal de melhor curta metragem de ficção me deu enorme felicidade. É um reconhecimento muito importante dado pelos profissionais de cinema e televisão da capital do Estado. Isso mostra que a produção cultural santarena é de respeito.
 

 JS. Qual a sua avaliação do cinema nacional e do cinema paraense?

 EL.  Nos últimos 2 anos o aporte financeiro para patrocínio de filmes brasileiros cresceu bastante  e isso repercutiu  diretamente na qualidade das produções. Em 2010 , três filmes nacionais foram lançados nos cinemas com verbas de 18 milhões de reais para cada um: Lula – O filho do Brasil;  Nosso Lar  e Tropa de Elite 2. Antes, o máximo que se conseguia era 4 milhões de reais.

A nível estadual a verba anual para patrocínio de filmes paraenses não chega nem a 400 mil reais. Esse valor normalmente é pulverizado em poucas produções restritas a Belém.

 JS.  Fala – se muito da volta de cinema em Santarém. Qual a sua expectativa sobre isso?  

 EL.   A volta de cinemas para Santarém está pendente totalmente da vinda de empresas de fora. A inauguração do Shopping Paraíso trouxe a oportunidade dessas empresas em vir para Santarém,mas é preciso que a população freqüente bastante desde agora ao shopping para que essas empresas se sintam seguras em construir salas de cinema aqui. Se o shopping tiver pouco movimento , dificilmente elas não virão.

 JS. Uma trilha sonora de filme inesquecível?

 EL.  Adoro as trilhas sonoras que o Vangelis fez para o Blade Runner, Carruagens de Fogo e tantos outros filmes. Lembro até o dia quando assisti no “Fantástico” as primeiras imagens dos destroços do Titanic no fundo do mar  e colocaram uma música do Vangelis que até lagrimei de emoção.

 JS. E o que você acha da pirataria? Ela serve para difundir a arte?

 EL. É claro que a pirataria prejudicou muito não só a indústria do cinema como todas as outras indústrias como um todo. Como o produto pirata é barato e ruim e não dura nada, a indústria tá fazendo o contrário para sobreviver, ou seja, o que é bom ta mais caro ainda. Nessa lógica, o cinema deixou de ser um produto popular e agora virou algo para quem pode pagar.  Só para exemplificar,o ingresso do Avatar em 3D em Manaus tava custando 24 reais enquanto que o dvd pirata tava 2 reais.

A pirataria difunde a arte sim, mas essa conta vamos pagar depois.

Um comentário em “Cineasta santareno ganha prêmio pelo seu filme em Belém

  • 20 de fevereiro de 2011 em 17:33
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    Meus milhoes de parabens,esse premio foi bem merecido…vc nos orgulha.

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