Santarenas vivem pânico provocado pelo furacão Irma nos Eua
Ana Santiago e Kézia Solomon, com seu esposo norte-americano e filhos, contam momentos de pânico
Depois de causar danos em ilhas do Caribe, na América Central, o Furacão Irma se direcionou, nos períodos da tarde e noite de domingo, 10, ao sul do Estado da Flórida, nos Estados Unidos, onde continuou provocando prejuízos a milhões de pessoas. No local, moram milhares de brasileiros. Entre eles, estão as santarenas Kézia Solomon e Ana Santiago Neves.
Elas contam que passaram momentos difíceis por conta dos estragos causados pelo Furacão Irma. “Foi muito vento e chuva. Ficamos sem energia. Podemos enfrentar ainda alagamentos, porque as águas ainda estão subindo. As autoridades americanas falaram que pode levar dias, semanas e até meses para a energia voltar. Isso depende dos estragos causados pelo furacão”, relatou Kézia Solomon.
Ela ressaltou que mora com um casal de filhos e o marido norte-americano, Paul Solomon, há dois anos, em Pompano Beach, logo acima de Fort Lauderdale, a 30 minutos de Miami, na Flórida. Por conta dos riscos causados pelo furacão, Kézia e sua família foram levadas por autoridades americanas a um hotel, onde aguardaram a passagem total do furacão Irma.
“Minha casa não foi inundada. Fomos colocados em um hotel somente por segurança. Ficamos seguros, mas não podíamos sair pra nenhum lugar”, diz Kézia.
Já a moradora de Tampa, na Flórida, Ana Santiago afirma que ficou presa dentro de sua própria casa, sem poder sair pra nenhum lugar, por causa dos riscos provocados pelo Irma.
“O furacão chegou a Tampa, na categoria 2, com ventos de 90 a 110 milhas/ hora. Fomos proibidos de sair de casa depois das 18h, de domingo. Então, tivemos que ficar dentro de casa, acompanhando pela televisão a chegada do furacão, que tem 70 milhas de diâmetro. Os ventos mais externos chegaram no início da tarde. Já por volta de 21h, o furacão chegou com mais força, causando mais danos”, contou Ana.
Ela reforça que as autoridades americanas evacuaram milhares de pessoas de várias cidades da Flórida. Porém, algumas pessoas continuaram em suas casas, mas sem poder sair. “Evacuaram muita gente. Não sei ainda quando vou poder sair de casa. Não podemos nem mesmo ir até o local de trabalho”, comentou Ana Santiago, na ocasião.
Ela acrescentou que o governo americano calcula que mais de 6,2 milhões de pessoas foram evacuadas de suas casas, o que corresponde a mais de 25% da população do Estado da Flórida. O Irma causou a morte de pelo menos três pessoas no extremo sul dos Estados Unidos.
Ainda segundo Ana, o governo americano também calcula que 1,35 milhão de pessoas estão sem energia elétrica, no Estado da Flórida, onde 10 mil voos foram cancelados, no último fim de semana.
Por: Jefferson Miranda
Fonte: RG 15/O Impacto