Mineração respondeu por 86% das exportações em 2010
Os resultados comerciais obtidos pela produção mineral e as oportunidades de crescimento no Estado foram apresentados, nesta terça-feira (19), durante café da manhã comandado pelo Sindicato das Indústrias Minerais (Simineral) e o Instituto Brasileiro de Mineral (IBRAM). O encontro aconteceu no hotel Regente e recebeu representantes de empresas mineradoras de cobre, bauxita, aço, ferro e caulim atuantes no Pará, e a imprensa.
No Pará, 86% da exportação, em 2010, estão relacionados à produção e transformação mineral. No período, todos os minérios registram aumento no volume de produção e foi registrado um crescimento de 25% na criação de postos de trabalho – em vagas distribuídas em todas as regiões do Estado. Outro dado positivo foi a arrecadação de impostos, com destaque para o município de Parauapebas, que recebeu 230 milhões de reais de compensação financeira pela exploração de recursos minerais (CFEM).
“Outros municípios mineradores como Canaã dos Carajás, Oriximiná e Juruti têm valores representativos se comparados aos investimentos previstos pelas esferas governamentais. Com isso, abrem-se diversas oportunidades de negócios e empregos no Pará”, afirmou Eugênio Victorasso, presidente do Simineral.
Em Barcarena, as indústrias instaladas também apresentam um ritmo de retomada. Segundo Nelson Delgado, presidente da Assemb, “a expectativa para 2011 é a melhor possível. Vamos reforçar o contato com as empresas que já fazem parte da Associação hoje e temos a previsão de novos parceiros, que estão chegando a Barcarena em diversos empreendimentos. Isso fortalece a mineração e, por consequencia, a metalurgia”.
O principal produto exportado pela indústria extrativa mineral do Pará foi o ferro, com 85 milhões de toneladas, o que corresponde a quase 7 bilhões de dólares em investimento. Em seguida o cobre, com mais de 700 milhões de dólares; manganês, com 326 milhões de dólares; e o caulim, com cerca de 270 milhões de dólares.
Já na indústria de transformação, a líder foi a alumina, com quase 5 milhões de toneladas exportadas, resultando no investimento de 1,3 bilhão de dólares. Na segunda colocação ficou o alumínio, com cerca de 900 milhões dólares; e em terceiro lugar o ferro gusa, com 375 milhões de dólares em negócios.
Brasil – Dados do IBRAM revelam que o minério de ferro é responsável por mais de 80% da exportação brasileira de produtos minerais. O principal destino dessa produção é a China, seguida pelo Japão, Alemanha e Estados Unidos. “O setor mineral receberá investimentos nunca antes vistos. Até 2015, cerca de 65 bilhões de reais serão investidos na mineração”, detalhou Paulo Camillo Penna, presidente do Instituto.
De acordo com o levantamento do IBRAM, a recuperação econômica após o ano de 2009 e o visível crescimento no nível de produção de minério no Brasil se contrapõe às pesquisas geológicas realizadas no setor. Hoje, países como Peru, Canadá, México investem muito mais na investigação de novos territórios de mineração do que o Brasil. “Apenas 20% do nosso vasto território é estudado. A ampliação de postos de pesquisa resultaria em crescimento na produção, assim como a geração de postos de trabalhos e todos os demais benefícios oriundos da atividade mineradora”, argumentou Paulo Camillo.
Da Redação