Prefeitos de Santarém, Mojuí e Belterra se unem para buscar inclusão em projeto de saneamento

Os municípios de Santarém, Mojuí dos Campos e Belterra, na busca de desenvolvimento econômico e social para suas respectivas populações se uniram e protocolaram junto ao governo do estado, na semana passada, um pedido de inserção dos três municípios nos projetos de saneamento, drenagem e pavimentação urbana que serão financiados pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).

Em setembro, a Secretaria Extraordinária de Estado de Gestão Estratégica reuniu, em Belém, com executivos do Banco. Na ocasião eles discutiram o detalhamento do projeto que pretende beneficiar 384 mil pessoas, de 11 municípios, localizados nas regiões Xingu e Tapajós: Pacajá, Anapu, Senador José Porfírio, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas, Rurópolis, Itaituba, Trairão e Novo Progresso.

Ao observarem que as propostas do projeto não incluíam municípios importantes da região do Tapajós, os prefeitos Nélio Aguiar (Santarém), Jailson Alves (Mojuí dos Campos) e Jociclelio Macedo (Belterra), com apoio da Câmara de Vereadores de Santarém iniciaram uma luta de apelo e convencimento ao Estado e também solicitaram ajuda da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), presidida pelo deputado Márcio Miranda.

No documento, os prefeitos destacaram que não há justificativas para a exclusão dos três municípios. “Consideramos que existe a necessidade de nos incluir, pois há impactos de obras na nossa região que afetam Santarém, Mojuí dos Campos e Belterra. Entendemos que não devemos ficar de fora desse importante projeto, então estamos fazendo essa articulação com o Estado e com os deputados estaduais, como Junior Ferrari e o líder do governo na Alepa, deputado Eliel Faustino. Fazemos esse apelo para que os três municípios também sejam contemplados com esse projeto”, destacou o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar.

O município de Santarém possui 710 quilômetros de vias públicas, das quais somente 30,5% são pavimentadas, e apenas 9% dessas vias possuem drenagem pluvial profunda. O restante conta apenas com drenagem superficial (meio-fio). Por ser uma cidade muito antiga, Santarém ainda apresenta sérios problemas de saneamento, drenagem e pavimentação, que nunca foram resolvidos, como o tratamento dos resíduos sólidos que é praticamente inexistente e do esgotamento sanitário que faz Santarém ser uma cidade de porte médio, com um dos menores índices de tratamento de esgoto do Brasil.

Mojuí dos Campos e Belterra enfrentam os mesmos problemas quando se refere a tratamento de resíduos sólidos e esgotamento sanitário, que inexistem em ambos municípios. Nestas duas cidades, o índice de infraestrutura urbana é baixíssimo.

Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/PMS

 

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