Ministro autoriza e HRBA que passará a fazer cirurgias cardíacas
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, cumpriu agenda em Santarém no final da tarde de quarta-feira, 31/1. Acompanhado do secretário de Estado de Saúde Pública do Pará, Vitor Mateus, do prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, e outras autoridades, ele conheceu os serviços de Oncologia e Hemodiálise do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), e conversou com pacientes. Durante a visita, Vitor Mateus anunciou que o HRBA estava apto para iniciar o programa de cirurgia cardíaca. A assinatura do termo aditivo entre a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e a Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar ocorreu na manhã de quinta-feira, 1/2.
Durante sua visita à unidade de saúde, Ricardo Barros assistiu à apresentação do Plano Diretor do HRBA, que prevê a ampliação da estrutura física e dos serviços da unidade. O projeto apresentado tem orçamento de R$ 45 milhões. Em números, os leitos sairiam dos atuais 144 de enfermaria e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para 363. O Pronto-Atendimento saltaria de 11 para 28 leitos e a Hemodiálise aumentaria de 27 máquinas para 72.
“O Hospital Regional pede recursos para ampliação de seus serviços e liberação de algumas habilitações. Visitei a Hemodiálise, é um bom serviço. Temos, evidentemente, necessidade de ampliação de várias áreas de atendimento, mas isso só será decidido depois de definir o financiamento”, explica o ministro.
Um dossiê foi entregue ao ministro com todas as necessidades da unidade e os custos estimados para a expansão. O diretor-geral do HRBA, Hebert Moreschi, explica a importância da vinda de Ricardo Barros para que o projeto possa sair do papel. “O Hospital Regional é responsável por 1,2 milhão de habitantes e já atingiu sua capacidade operacional para dar a estrutura de suporte de alta complexidade para toda a região. Nós entregamos o dossiê ao ministro da Saúde para que possamos dobrar a capacidade de internações do hospital e de assistência a outras especialidades, como ao renal crônico, oncologia e orto-trauma. Nós necessitamos desta estrutura para que o hospital possa absorver ainda mais pacientes”, contextualiza Moreschi.
O ministro esteve em Belém, na quarta-feira, para lançar uma campanha para conter avanço da hanseníase no País. Na ocasião, ele visitou o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, que também é gerenciado pela Pró-Saúde. “Eu visitei o Oncológico Infantil, em Belém, e este aqui, que são administrados pela mesma forma de gestão. São serviços de excelência, com pessoas comprometidas. Prédios e equipamentos não atendem ninguém, quem atende são as pessoas, é o comprometimento dos profissionais, é o envolvimento, a vocação de servir a população, e eu percebi isso nas visitas que realizei aqui”, afirma Ricardo Barros.
O diretor Operacional da Pró-Saúde no Pará, Paulo Czrnhak, destaca que a humanização é um diferencial no tratamento dos usuários atendidos pelos hospitais geridos pela instituição. “Nossos esforços estão sempre voltados em proporcionar um atendimento seguro e de qualidade aos pacientes, destacando a humanização no ambiente hospitalar. Sem dúvida, isso faz toda a diferença. E o Hospital Regional tem um papel fundamental para a região Oeste do Pará e, por isso, apresentamos ao ministro a necessidade de ampliarmos a nossa estrutura e os nossos serviços’, diz.
Cirurgia cardíaca
O Hospital Regional de Santarém se torna a primeira unidade pública fora da capital do estado a realizar esse tipo de serviço, que beneficiará toda a região Oeste do Pará. “Vamos fazer os procedimentos cirúrgicos de cardiologia, que já estavam programados. A equipe já está preparada, já foi tudo devidamente checado para garantirmos isso. Só estava faltando o aporte de recursos, que nós vamos sinalizar com a publicação e, a partir daí, já vamos começar com os procedimentos”, adianta o secretário Vitor Mateus.
Atendimentos
Em 2017, o Hospital Regional atingiu a marca de 814.591 atendimentos. Moradores de 21 municípios do oeste do Pará foram beneficiados com diferentes serviços de saúde. O número engloba procedimentos cirúrgicos, internações, consultas, exames e atendimentos de urgência e emergência. O total é 12% superior a 2016, quando foram realizados 728.754 atendimentos. No ano passado, a unidade ainda fez 11 transplantes de rins, 12 captações de órgãos e as primeiras cirurgias bariátricas do Oeste do Pará.
Fonte: RG 15/O Impacto e Joab Ferreira