Pará é o 2° Estado com maior número de policiais assassinados
O Pará é o segundo estado onde mais policiais militares são assassinados do Brasil, atrás apenas do Rio de Janeiro. Apenas nos primeiros 45 dias de 2018, foram nove policiais militares assassinados. O número já equivale a quase 25 vezes mais do que o estado de Guerrero, no México, um dos locais considerados mais violentos do mundo, contabilizou em todo o ano de 2016. Lá, onde fica a cidade de Acapulco, apenas dois policiais militares foram assassinados no ano inteiro.
A Polícia Civil do Pará ficou responsável pelos inquéritos de todos os crimes, sendo que dois casos tiveram conclusão. O assassinato mais recente aconteceu na quarta-feira (14), quando o sargento PM Antônio Daves Martins, 49, foi baleado em uma loja de autopeças. Apenas quatro dias antes, o soldado Washington Luiz do Rosário foi morto a tiros depois de uma tentativa de assalto no bairro da Pedreira.
As entidades que defendem os direitos dos policiais militares estão preocupadas com o crescimento da violência contra a categoria e procuram uma resposta do Governo do Estado. O sargento Francisco Xavier, da Associação Nacional dos Militares do Brasil (ANMB), revela estar indignado com o quadro.
“Já faz muito tempo que estamos cobrando da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Civil (Segup) e não temos nenhuma resposta. Para eles, é como se nada estivesse acontecendo”, afirmou. Segundo Xavier, as entidades têm promovido reuniões emergenciais com frequência para tentar apontar novos caminhos e pensar em soluções para tentar contornar os altos índices de atentados a militares. “Estamos revoltados com isso e queremos a saída do secretário [Jeannot Jansen]”, declara.
O cabo Lima, diretor da Associação dos Cabos e Soldados da PM e BM do Pará, informa que as entidades estão dedicando atenção a chegar às conclusões dos casos, identificando e punindo os autores dos crimes. “Nós estamos acompanhando as investigações e esperando uma resposta da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Civil (Segup) e do Governo do Estado para agendar uma reunião”, diz.
Fonte: Dol