OLHA A AVACALHAÇÃO
Um outro dia, uma cara leitora, enviou-me um e-mail (outrora seria uma carta), dizendo-me nunca tinha usado nos meus textos a palavra AVACALHAÇÃO. Esta quer dizer: ato ou efeito de avacalhar. Avacalhar (v.t.d) é desmoralizar, executar mal com desleixo. AVACALHADO é adjetivo, já o primeiro termo é substantivo feminino, o segundo é verbo.
Mas a forma avacalhar, também, é verbo. AVACALHAR significa avacalhado, desmoralizar, ridiculizado, ridicularizado, desmazelado, relaxado e popularmente quer dizer que revela desmazelo, desleixo, “trabalho porco.”, segundo o Novo Dicionário Aurélio.
Lembrei-me, então, de quando estudante, no nosso querido Colégio Dom Amando, por ocasião de formatura para a sessão antes da aula, como para cantar o Hino Nacional Brasileiro, ou, ensaio para o sete de setembro, folclore, educação física. O professor que nos acompanhava sempre usava a frase, ‘olha a avacalhação!”, exigindo o bom comportamento. E a disciplina sempre foi marca registrada no CDA, parava-se, comportava-se. Mais tarde, como professor do mesmo educandário (que saudades!) usei muitas vezes, a mesma expressão com os novos jovens.
Mas hoje, porque a palavra avacalhação faz falta? Veio-me, então, a idéia. Não, ela não está esquecida, ela está presente bastante no dia a dia. Comecemos pela nossa realidade, de Santarém.
Avacalhação é destruição da Praça do Relógio para alocar camelôs, estes após a tão badalada inauguração, continuaram a fazer até pior do que faziam. E os fiscais da tal Secretaria de Economia do município de Santarém, que ficam andando no meio dos “marreteiros”, mas fazem “vista grossa”. Precisa ter fiscal para fiscalizar o fiscal, senão, continua a avacalhação.
É o tal “porto improvisado” da Praça Tiradentes, da Vila Arigó, da Tecejuta. É a venda de peixe em cima das calçadas próximo do viaduto e no calçadão em frente ao Mercadão 2000, próximo ao Mercado Modelo e transversais, como Padre João e Senador Lemos.
Avacalhação é o sistema viário de Santarém, não é problema de um só bairro, não. É toda a cidade, região urbana e pior ainda, os ramais na zona rural, no planalto. Pelo menos não tem excesso de velocidade no trânsito, porque a velocidade é determinada pelos buracos.
Avacalhação é o descaso das obras do PAC – URUARÁ e MAPIRI, paralisadas, dinheiro já usado, mas está sem previsão para reinício, imaginem a sua conclusão.
Avacalhação é o Pronto Socorro Municipal, diariamente, é assunto na imprensa local e já virou até caso de Polícia. Não adianta o Ministro da Saúde vir aqui, num final de semana, sem trazer melhorias, ou solução, para o PSM, senão sua viagem é só mais gastos com o dinheiro do contribuinte e provocar mais transtornos, com o seu staff e seguranças, no aeroporto de Santarém. Este também é uma verdadeira avacalhação. Avacalhação é o desserviço dos tais postos de saúde 24 horas, que não funciona nem quatro horas.
Avacalhação é a constante falta de energia elétrica na cidade e na zona rural. É o racionamento que nunca se acabou, e ninguém explica os motivos. Talvez seja excesso de água na hidrelétrica de Curuá Una, ou é defeito do linhão de Tucuruí?
Avacalhação é a falta de segurança, em casa, na escola, no ônibus, no trabalho. É a escola pública municipal e estadual caindo aos pedaços, e alunos estudando em armazéns. Escola pública, onde os filhos dos políticos e das autoridades da educação, não estudam.
Avacalhação é a feira da COHAB, do produtor rural, no Mercadão 2000 e no aeroporto velho. Os órgãos responsáveis nem aparecem no local.
Avacalhação é o amontoado de barracas, placas, mercadorias nas calçadas e o alinhamento das construções fora do nível da rua, e os fiscais deixam avacalhar.
Que pena que em todos os setores da nossa Cidade esteja presente o descaso, e o desamor que os filhos da terra que estão na sua direção, sentem por Santarém, isto tudo pode ser resumido em descaso, não é falta de dinheiro nos cofres públicos? Salve Santarém nos seus trezentos e cinqüenta anos.
Nesta sexta-feira a NOITE DA ROSA, o baile em homenagem às mães. A partir das 23 horas no FUMINENSE, COM JOSÉ MARIA ALHO, BENÉ SIQUEIRA E SEUS CONVIDADOS. Imperdível!
Objetivando dar continuidade ao meu tratamento de saúde especializado estarei ausente da Pérola, a partir deste final de semana. Espero acompanhar o dia a dia pelo e-mail e pelo portal do Impacto.
Por: Eduardo Fonseca
ola meu querido ex professor Eduardo , estou sempre me atualizando sobre Santarem, apos 11 anos que nao visito a cidade, fico triste de saber que a cidade estar dessa maneira, uma cidade tao linda como Santarem ,Deus a presenteou com tantas maravilhas, e uma pena que o homem esteja destruindo tudo sem pensa nas consequencias do futuro, abraço melhoras na sua saúde.
Verdade professor do jeito que santarém se encontra, com o prebecito nossa cidade para a ser capital do Estado do Tapajós, ai ver de ser Pélora do Tapajos ficaria Pérola da avaqcalhação.
realmente professor a nossa cidade esta uma grande avacalhação,a preifeita gastou um caminhao de dinheiro pra voltar ao poder pra fazer essa AVACALHAÇÃO com a cidade,realmente e triste ver o estado em que se encontra a cidade de SANTAREM.A praça de sao sebastiao esta uma grande avacalhação e o pior nao vejo luz no fundo do tunel,parabens por sua postura em frente as barbarias que rolam ai na nossa cidade
um abraço
Ainda pensei em passar o final de semana em Santarém, a pérola do Tapajós.Como está muito avacalhado vou ficar por aqui.Um abraço ao amigo Professor Eduardo Fonseca.