Trabalhador desaparece misteriosamente no Curuá-Una
O trabalhador Eduardo de Sousa procurou a 16ª Seccional da Polícia Civil na manhã da última segunda-feira, 02, para denunciar o desaparecimento de seu amigo de prenome “Marcos”, 25 anos, conhecido como “Marquinho”, que aconteceu por volta das 12h de sexta-feira, 29, no porto do Projeto Santa Fé II, localizado na comunidade de Bom Jesus, região do Curuá-Una.
“Marquinho” era natural da cidade de Redenção, Sul do Pará e trabalhava como cozinheiro no porto do Projeto. Colegas de trabalho desconfiam que Marcos tenha sido vítima de assassinato e, que os autores teriam dado sumiço em seu corpo.
De acordo com Eduardo Sousa, “Marquinho” já havia passado por algumas situações por conta do excesso de ingestão de bebida alcoólica e, que algumas pessoas estavam insatisfeitas, o que provocou desentendimento de opiniões, mas não coisas graves. Ele relata que há pouco tempo chegou um rapaz, proprietário de um terreno nas proximidades das instalações do Projeto, além de duas pessoas que estiveram conversando com Marcos, enquanto fazia o almoço, no dia em que desapareceu.
“Depois eles três saíram dizendo que iriam explorar madeira. Nisso ficaram por cerca de três horas, enquanto o restante da equipe que estava no mato retornou pro barraco. Quando chegaram não encontraram mais “Marquinho”, mas somente o fogo aceso no fogão a gás e uma panela com comida, que estava queimando”, conta Eduardo.
Segundo ele, os pertences de Marcos foram encontrados da mesma forma como havia deixado, como roupas e documentos, porém, quando olharam e desconfiaram de seu sumiço, foram lhe procurar no barraco do vizinho. Quando chegaram ao local, foram informados pelo funcionário da balsa, conhecido como “Mandii”, que naquele dia, não havia visto Marcos.
“Eles retornaram e passaram a informação para Mateus, que é responsável pelo serviço, o qual designou uma pessoa para observar e ver se o encontrava nas proximidades. Essa pessoa pegou um barco, desceu o rio e foi até um determinado local, por suspeitar que ele tivesse saído para comprar cigarro, porque tinha uma rabeta na beira do manancial, mas que não foi encontrado”, narra Eduardo, descrevendo que ao descer o rio, observaram um barco de linha vindo em direção a rabeta, onde foram abordados por uma pessoa que afirmou ter encontrado uma canoa, em um determinado local, mas que não havia ninguém dentro.
“Eles voltaram novamente, pegaram mais gasolina e pediram para um agente de saúde, que verificasse e caso o encontrasse, que repassasse as informações dele. No final da tarde, ele não apareceu e no dia seguinte também não. Seu desaparecimento foi considerado um mistério”, finalizou.
DESFECHO – Na última terça-feira, 03, o corpo de Marcos foi encontrado por colegas de trabalho, próximo a região onde havia desaparecido. Testemunhas informaram que marcas foram observadas no pescoço da vítima, o que para seus colegas reforça a hipótese de assassinato. Após a remoção por profissionais do Centro de Pericias Cientificas Renato Chaves (CPC) para Santarém, o corpo da vítima foi submetido ao exame de necropsia e liberado para seus familiares.
Por: Manoel Cardoso