MILTON CORRÊA Ed. 1197
A HISTÓRIA DO CINEMA EM SANTARÉM
TEM NOME: RAUL LOUREIRO
Em uma tarde de sábado, 28 de abril de 2018, visitei meu ilustre amigo Raul Loureiro. Por ele e seus familiares fui muito bem recebido. Matamos a saudade. Lembramos dos bons tempos do cinema Olímpia e Cinerama. A história da cultura de Santarém, jamais poderá ser contada sem a identificação de quem por décadas, trouxe os melhores filmes para as telonas do Cine Olímpia e Cinerama. Portanto, a história do cinema em Santarém tem nome: Raul Loureiro.
Questiona-se: Por que até hoje a Câmara Municipal e instituições culturais de Santarém, não lembraram de quem ao longo de anos trouxe para a nossa gente, o entretenimento e diversão com a mostra dos melhores filmes à época exibidos no Brasil e que, Raul Loureiro, atento aos lançamentos, trouxe para Santarém? E foi assim, que ele com suas casas de cinema sempre lotadas (Cine Olímpia e Cinerama), proporcionou a milhares de pessoas desde crianças a idosos, a vibração, o sorriso e a alegria. Foram momentos felizes para muitos e que hoje sentem saudades.
Há quem lembre dos filmes do velho western (“cowboys” ou “filmes de faroeste”), com Giuliano Gema, Yul Brynner, Charlton Heston, Charles Bronson, Terence Hill, Burt Lancaster, Marlon Brando (A Face Oculta), os filmes com Brigite Bardott, Cláudia Cardinale, Úrsula Andress, Sean Connery e os primeiros 007, Jerry Lewis, O Gordo e o Magro, os Três Patetas, foram tantos filmes, que divertiram e fizeram muitos viajarem no tempo. Com certeza, há quem sinta saudade até do empurra, empurra, para entrar no cinema Olímpia, em dia de estreias, como “Os Trapalhões”, por exemplo e mais: Os Dez Mandamentos e O Vento Levou, O Padre que Queria Casar, Ben Hur, bem como Gringo Não Perdoa – Mata! E tantos outros.
Raul Loureiro e seus filhos, faziam a gestão das mais importantes casas de cinema que Santarém já teve. Ele sempre passivo, autêntico, humilde, mas com a altivez de um grande empresário no ramo do entretenimento da nossa Santarém, que agradece por ter proporcionado tantos momentos de alegria e descontração aos santarenos. Momentos esses que com certeza, fizeram e continuarão fazendo parte da vida de muita gente que lembra com saudade, os bons tempos dessa época, ainda contemporânea.
Hoje, sentindo o peso da idade, Raul Loureiro passa quase a totalidade de seu tempo em sua residência com seus familiares, que a ele dedicam toda atenção, respeito, carinho e amor. O que aliás, está faltando por parte de quem de direito deveria reconhecer e merecidamente homenageá-lo, por ter feito acontecer a história do cinema em Santarém.
Nós santarenos, temos muito o que agradecer ao empreendedorismo, garra, determinação, coragem, força de vontade e amor que Raul Loureiro demonstrou e continua demonstrando aos santarenos, quando viabilizou nas telonas do Cine Olímpia e Cinerama, os melhores filmes e que até hoje, fala deles com a mesma altivez e empolgação da época áurea cinematográfica, em que nós santarenos dificilmente vamos vê-la de novo.
Emanoel Loureiro, um dos filhos de Raul Loureiro herda do pai o gosto pelo cinema e de forma audaciosa e empreendedora, torna-se cineasta, com a produção de seu segundo filme em curta metragem denominado COVATO. Parabéns Emanuel pela feliz iniciativa de manter vivo o amor pelo cinema, herança de seu pai, que para nós santarenos será imortal.
54% dos brasileiros acha difícil contratar empréstimos e financiamentos, revela indicador do SPC Brasil e CNDL
Apesar do ambiente ainda de aperto financeiro, cresceu de 41% para 46% o percentual de brasileiros que tomaram crédito em março; 46% vivem no limite do orçamento e 26% dos usuários de cartão entraram no rotativo
O Indicador de Uso do Crédito apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) revela que 54% dos consumidores brasileiros consideram difícil contratar empréstimos ou linhas de financiamento para fins pessoais. Entre os indivíduos das classes C, D e E essa percepção é ainda maior e atinge 59% dos entrevistados. Já entre as classes A e B, o percentual é de 36%. De acordo com a sondagem, apenas 11% dos consumidores avaliam o processo como fácil.
Retrato de um cenário restritivo por parte das instituições financeiras e do comércio em geral, é que 17% dos brasileiros tiveram crédito negado ao tentarem fazer uma compra parcelada no último mês de março, sendo o principal motivo a existência de apontamentos de inadimplência em seu nome, com 8% de menções. Há ainda casos em que a falta de comprovação de renda ou renda insuficiente (5%) inviabilizou a concessão de crédito.
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, com a inadimplência em patamar elevado e desemprego, os bancos e financeiras têm restringido o crédito no mercado, o que dificulta a contratação por parte do consumidor. Mas as concessões já começam a reagir em meio a retomada da economia, depois de um período prolongado de escassez de crédito ocasionado pela crise. “Na década anterior, o crédito foi o motor da economia. Porém, nos últimos anos, a inadimplência avançou bastante em razão das dificuldades impostas pela crise. Somente agora, as concessões começam a esboçar alguma reação. Ainda estamos longe do cenário pré-crise, mas a tendência é de melhora, principalmente porque a redução da Selic deve contribuir, em alguma medida, para destravar o crédito”, afirma a economista.
46% dos brasileiros tomaram crédito em março. Cartão é o mais usado
De acordo com o indicador, na passagem de fevereiro para março, cresceu de 41% para 46%, o percentual de consumidores brasileiros que utilizaram alguma modalidade de crédito. Os que não recorreram a recursos emprestados somam 54% da amostra. O aumento desse número fez com que a escala do Indicador de Uso do Crédito também apresentasse um crescimento de 3,5 pontos, passando de 26,2 em fevereiro para 29,7 pontos em março, embora ainda permaneça em baixo patamar. Pela metodologia do indicador, que varia de zero a 100, quanto maior o número, maior a utilização de crédito.
Os cartões de crédito (40%) foram o instrumento de crédito mais usado em março pelos brasileiros. Bastante à frente do segundo colocado, que é o crediário ou cartão de loja, com apenas 10% de menções. O cheque especial foi citado por 6% da amostra e o empréstimo por 6%. Há ainda, 4% de consumidores que buscaram financiamentos. “A facilidade, a comodidade e a popularidade do cartão explicam o fato dele ser a modalidade mais citada. O cartão de crédito é hoje um meio de pagamento usualmente aceito em diversos estabelecimentos, até mesmo entre os informais e, a tendência é que se consolide cada vez mais como a principal forma de pagamento dos brasileiros”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
26% dos usuários de cartão de crédito entraram no rotativo em março; valor médio da fatura supera os R$ 950
Entre os brasileiros que se utilizaram do cartão de crédito (40%) em março, a minoria (26%) conseguiu diminuir o valor da fatura. Para 36% ela se manteve em patamar estável na comparação com o mês anterior, ao passo que 33% observaram aumento no valor utilizado. O valor médio da fatura paga em março reportado pelos entrevistados foi de R$ 955.
O levantamento ainda revela que nem todos os usuários de cartão conseguiram pagar a fatura integral. No total, 26% acabaram entrando no rotativo, sendo que 15% pagaram um valor entre o mínimo e o total e 3% pagaram somente o mínimo. Outros 1% pagaram apenas um valor abaixo do mínimo estipulado. Questionados pelo SPC Brasil, 7% ainda não haviam realizado o pagamento no período da sondagem. Os que pagaram a fatura integral somam 71% da amostra.
As compras de supermercados lideraram entre os itens mais adquiridos via cartão de crédito, com 62% de menções – o que comprova que o cartão ganha popularidade mesmo entre compras corriqueiras e de baixo valor. Em seguida surgem os gastos com remédios e farmácia (48%), roupas, calçados e acessórios (38%), combustível (35%) e gastos com bares e restaurantes (31%).