Último denunciado na operação “Bincagem Fantasma” se entrega à Polícia
Operação combate fraudes no Detran de Santarém.
Flávio Augusto Costa de Lima, 36 anos de idade, denunciado na operação “Bincagem Fantasma”, entregou-se na terça-feira (10) à tarde ao Núcleo de Inteligência Policial com sede em Santarém (PA), em atendimento ao mandado de prisão expedido pelo Judiciário.
A apresentação espontânea foi mediada e acompanhada por seus advogados, Clenildo Júnior e Naína Moura.
Ainda na terça-feira, Flávio Lima prestou depoimento, fez exame de corpo de delito e, em seguida, foi encaminhado à central de triagem masculina de Santarém.
Desde fevereiro deste ano, Flávio Lima encontrava-se no Maranhão, onde fazia tratamento contra dependência química, daí, sua ausência de Santarém.
Com a conclusão do inquérito policial, os advogados Clenildo Júnior e Naína Moura passam à análise dos autos para promover a defesa do acusado.
Flávio Lima é réu primário e tem residência fixa em Santarém.
FIQUE POR DENTRO: No dia 20 de junho de 2018, a Polícia Civil deflagrou a operação denominada “Bincagem Fantasma”. O nome da operação faz referência ao procedimento interno, onde o servidor do órgão confirma em sistema de informática, da emissão das CNH’s, no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em Santarém.
A operação faz parte de investigação que objetiva apurar e combater um esquema criminoso do qual são acusados de envolvimento servidores lotados na 1ª CIRETRAN (Circunscrição Regional de Trânsito de Santarém) e pessoas ligadas a sociedades empresariais, profissionais autônomos e usuários dos serviços da repartição pública.
A denúncia sobre o esquema criminoso foi feita pelo próprio Detran (Departamento Estadual de Trânsito do Pará), no ano de 2015, quando as investigações foram iniciadas pela Polícia Civil. Durante o inquérito, a Polícia Civil constatou indícios de infrações penais, entre as quais, associação criminosa, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informação, concussão (extorsão cometida por servidor público), corrupção passiva e corrupção ativa, advocacia administrativa, dentre outras ilegalidades.
No total, foram expedidos pela Justiça para cumprimento pela Polícia Civil na operação, 36 mandados judiciais, dos quais 18 mandados de busca e apreensão, e 18 mandados de prisão preventiva. Foram cerca de 60 policiais civis de diversas regiões do Estado mobilizados na operação. Todo trabalho contou com apoio do Poder Judiciário e do Ministério Público de Santarém e Itaituba.
Fonte: RG 15/O Impacto