Informe RC

MATARAM O MONSTRO

Fanatismo, ignorância política, ou religiosa, sempre existiram, e faz parte da rotina de muitos povos “atravessam milênios”, onde a vida, para atingirem seus objetivos, é o que menos conta. Há menos de século, Adolf Hitler, fundador do nazismo, de simples cabo do exército alemão, não chegou a chanceler, ditador e, na alucinação de dominar o mundo, invadiu países, liderando soldados, não sacrificou 6 milhões de humanos em fornos crematórios (industrializados) nos campos de extermínio da Alemanha? Até hoje possui admiradores e adeptos pelo planeta. Quem não festeja quando um monstro, como Osama Bin Laden, destruidor de vidas e sonhos, despido de sentimentos humanos é destruído? Alguns, para não serem transformados em pó, pela fúria popular, praticam o último gesto: metem uma bala na cabeça. O mesmo ocorreu com o terrorista paquistanês, arquiteto de dezenas de atentados em diversos países e da destruição das Torres Gêmeas em Nova York, em setembro de 2001, só que não teve tempo de tirar a sua, foi morto a balas, sendo o ato mais festejado no universo e o corpo jogado ao mar (onde?) para não ser exibido como troféu e nem de bandeira aos seus fanáticos seguidores. Não interessa a maneira como foi morto, quem não acredita (ditadores e xiitas), cabe provarem o contrário. O mundo, no momento, pode estar melhor, não mais seguro, como afirma Barak Obama, ainda existem muitos Bin Ladens a serem eliminados, para a humanidade ter um pouco de paz.

PIOR MOMENTO

Pela primeira vez na vida política do Município o plenário da Câmara Municipal, dia 19 “quinta”, vai servir de palco a uma sessão histórica, pedida e organizada por vereadores de oposição (4), onde movimentos sociais junto a outros segmentos da sociedade e deputados da região, colocarão a nus atos da prefeita Maria do Carmo “PT”, relacionados a sua administração, em baixa perante a população, com a promessa, inclusive, de alguns fatos abordados tomarem contornos indesejáveis. A excelência, pelas ocorrências tornadas públicas, passa o pior momento de seu governo, cujos estragos visíveis diante do estado lastimável das ruas e atraso das obras do PAC, dificultam as explicações. O que estão fazendo com a Prefeita relembra a Inquisição, ninguém deseja passar situação como esta. Falam de não ir dar presença e nem os vereadores (10) de sua base aliada. Nem sempre a ausência é atrevida, às vezes se faz necessária, mas os vereadores, a quem dá apoio e participam da administração, indicando secretários e ganhando nomeações, deviam ter a coragem de comparecerem e fazerem sua defesa, se for necessário. Nas horas difíceis é que se nota a diferença entre um homem e um rato.

TUDO É FESTIM

Cada um analisa um fato acontecido, acontecendo ou a acontecer, da maneira que lhe prouver. Veterano de muitos mandatos, do nível municipal a federal, e de longa convivência com políticos, não acredito em força política de vice, seja de Prefeito, Governador ou Presidente, sem apoio do titular, como também não acredito em candidatura de 3ª via, onde o Messias anunciado é político com mandato, não calha com a denominação. Santarém, com a proximidade das municipais de 2012 e a probabilidade de haver 2º turno, está cheia de grupos políticos, outros em formação pensando em serem fiel de balança, ou melhor, ganha quem tiver o apoio dos sonhadores. Conclusão: não acredito na candidatura do vice-governador Helenilson Pontes, a não ser do Jatene convencer o Maia e o Von, tido como seu preferencial, a desistir, e nem tampouco na do vereador Maurício Corrêa, se abrir a esperada janela da infidelidade. Por enquanto, tirando Alexandre Von, Inácio Correa e o médico Érick Simões, todos os tiros são de festim.

AINDA É CEDO

A euforia em torno da aprovação à realização do plebiscito pela Câmara Federal, ainda dependendo de votação no Senado, reuniu lado a lado todas as tendências políticas de Santarém. Na realidade, alguns nada fizeram “fingiam apoiar” para tomarem parte da festa. Foi vencida a primeira batalha, mas ainda distante do fim da guerra para tornar realidade o sonho da criação do estado do Tapajós. A luta maior vai ser a partir de agora, inútil e desnecessário se torna, como querem muitos, apontar o pai da criança com a mãe ainda em processo de gestação. Isto pode ser feito depois de passar pelo Senado Federal, onde dizem da Presidente ir colocar o dedo no suspiro e do resultado da votação do plebiscito, quando todos os eleitores do Estado terão direito a voto e posteriormente, se aprovado, a manifestação da Assembléia Legislativa. Moral da história: a criação do novo Estado depende da presidente Dilma e do governador Jatene.

OBEDECE QUEM TEM JUIZO

Diferente de seu antecessor e de algumas cabeças petistas, a presidente Dilma tem demonstrado ser contrária a qualquer tipo de censura a imprensa, e sua obsessão em acabar com o sigilo eterno de documentos oficiais considerados de Estado nos próximos 50 anos das ocorrências a serem conhecidas, comprovam. Não comungam com a Presidente os “impolutos” senadores José Sarney e Fernando Collor, opositores a aprovação do projeto da Lei de Acesso a Informação, apoiado por todos os partidos, inclusive de oposição. O primeiro, presidente do Senado, o segundo, da Comissão de Relações Exteriores, onde a lei estava encalhada, ambos, ex da República. Como manda quem pode, obedece quem tem juízo, a excelência autorizou seu líder no Senado a encostar os dois e pedir urgência na matéria (assinado pela maioria de líderes) pedindo sua apreciação, independente do parecer da Comissão, o que vai ser feito dia 18, quarta. Sarney e Collor são donos de biografias impecáveis em “virtudes”, impróprias a leitores menores de 30 anos.

VEZ DOS VEREADORES

Desta vez são vereadores os personagens na mídia nacional, envolvidos em casos de aberração e assaltos ao erário público. Em Anápolis (Goiás) vereador do PR, numa sessão da Câmara, pediu um minuto de silêncio “aprovado por unanimidade” pela morte de Osama Bin Laden. No Mato Grosso do Sul, no município de Dourados, fins de abril, a Câmara foi lacrada por determinação da Justiça e vereadores presos, acusados pelo Ministério Público de adulterarem valores em contracheques de funcionários fantasmas do Legislativo, para obterem empréstimos consignados. Na cidade de Taboão da Serra, São Paulo, neste início de mês, 3 vereadores foram levados  presos quando participavam de uma reunião, acusados de, juntos com funcionários, fraudarem e quitarem dívidas de IPTU, ISS, num montante de quase 10 milhões. De vez enquando, por estas paragens, correm fatos quase idênticos.

VÃO PEDIR PRA SAIR

Pessoa ligada ao vereador José Maria Tapajós, informa à coluna do mesmo ter em mãos mais de 100 pedidos de desfiliação de filiados ao PMDB, para darem entrada no partido logo após a oficialização da criação do PSD ou a abertura da janela da infidelidade, e junto ao vereador Maurício Corrêa se afastarem do partido e da convivência política com o deputado Antonio Rocha, do qual descartam qualquer aproximação nas municipais de 2012, fazendo questão de afirmar: onde o parlamentar estiver, o par de vereadores ficam no lado oposto. Ambos, no reservado, dizem do senador Jáder Barbalho estar a par da situação e obedecerem sua orientação política, desde que o Rocha não participe da reza. Parece ser pra valer.

COMEÇOU MAL

Sepultada a idéia “magistral” do presidente do Senado José Sarney, da realização de um plebiscito para restringir o uso de armas no País, inicialmente apoiada pelo Ministério da Justiça, logo após a carnificina, onde 12 crianças foram assassinadas numa escola no Rio de Janeiro, sexta (6), começou mais uma campanha (3ª) do desarmamento, com farta publicidade, comandada pelo ator Wagner Moura, o “capitão Nascimento”, herói do filme Tropa de Elite II. A coleta de armas, segundo anunciam, vai até dezembro e o governo pagará de 100 a 300 reais por peça devolvida, sem identificar o entregador, recebendo um crédito para sacar o dinheiro no Banco do Brasil, num prazo de 30 dias. Iniciou tendo tudo para dar errado. O ministro da Justiça diz ter só 10 milhões para pagar as armas arrecadadas, assim mesmo comprando fiado. Desarmam a sociedade, e os bandidos? No fim vão culpar o capitão Nascimento.

SITUAÇÃO DESUMANA

A palavra governabilidade “maioria no Legislativo ou aluguel de Vereador”, usada pela maioria dos prefeitos, tem custado caro a funcionários efetivos e inativos de muitos municípios. Fogem da obrigatoriedade do concurso público, como manda a lei, criam cargos desnecessários, entupindo prefeituras de “cabos eleitorais”, temporários e assessores de porra nenhuma (os famosos ASPONES). Vereadores e pseudos donos de votos são apontados como responsáveis desta situação por passarem a ser donatários de um filão na administração, onde também dão vazão a prática do nepotismo, empregando parentes. Por situação idêntica a esta, existem milhares de servidores municipais espalhados por prefeituras na região passando necessidade, muitos há mais de 5 anos recebendo o mesmo salário. Com os aposentados a coisa é pior, caminham para o dobro. Por falar nisso, em Santarém, mês de maio “2009” (época da cheia), o Prefeito interino retirou 25% da gratificação dos ocupantes de cargos comissionados e até hoje, sobem e descem as águas, ainda não foram devolvidos. Nada, nada, o nome disso é desumanidade.

ACABOU A BOQUITA

Uma vantagem dos Tribunais de Contas dos Municípios (7 conselheiros, cada) existente em poucos estados (já quiseram até acabar) é, além do cargo ser vitalício, percebem altos salários, acrescidos de penduricalhos em excesso e não serem fiscalizados na aplicação da robusta dotação orçamentária “milhões” repassada pelo Estado. O do Pará, depois de quase 30 anos está em conflito: seus aposentados (ex-servidores e ex-conselheiros) que recebiam ilegalmente “afirma o Supremo” auxílio-refeição, acima de 600 reais/mês, desde janeiro foi cortado pelo atual conselheiro-presidente, ou seja, retirou de circulação uma espécie de Seguro Defeso anual. Se os inativos do serviço público percebessem uma boquita como essa, o país já tinha quebrado.

COMO AS COISAS MUDAM!

Com o País em constante guerra urbana, devido a ausência efetiva de combate ao tráfico de drogas e a criminalidade, educandários, alunos e professores passaram a ser alvos da violência. Foi preciso o sacrifício de 12 adolescentes, e outros tantos feridos, a tiros, por um ex-aluno perturbado no interior de uma escola no Rio de Janeiro, para que governantes despertassem a uma realidade: nem escolas, nem salas de aulas, estavam a salvo de criminosos. O Pará, apontado como um dos mais violentos do País, em Belém e cidades do interior, escolas eram assaltadas, roubadas, professores e alunos agredidos, alguns mortos. A Secretaria de Educação, a exemplo de outros estados, promete combater os marginais com rigidez, colocando guardas e impedir entrada de estranhos. Vejam onde chegamos. Antigamente, guardas fechavam portas de xadrezes, agora, são as escolas. Ruim, né?

SERÁ SE VOLTA?

No entendimento de alguns parlamentares (senadores e federais), desde que tenham passado pelo crivo da Justiça Eleitoral, no exercício do mandato, estão isentos de obedecerem exigências do regimento interno do Senado e Câmara Federal para exercerem funções importantes nas comissões das Casas. Diante desta aberração, está explicado do senador Fernando Collor “PTB” ocupar a presidência da Comissão de Relações Exteriores do Senado e do federal João Paulo Cunha “PT”, réu no processo do mensalão, a de Constituição e Justiça da Câmara, e dos Conselhos de Éticas, que exigem reputação ilibada, estarem cheios de implicados com o Código Penal. Semana anterior foi retirado de pauta na Câmara Projeto de Emenda Constitucional “PEC” vedando participação nesses órgãos de congressistas que respondam a processo judicial. Será se volta?

Por: Ronaldo Campos

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