Tornozeleira: A solução para presos “fujões”?

Um assalto registrado na madrugada de hoje, no posto de gasolina Santo Antonio, na colônia Tipizal, na Rodovia Santarém-Curuá-Una, há 23 quilômetros de Santarém, rendeu aos assaltantes o valor de R$ 1.200,00.

Dois assaltantes usaram uma moto TITAN preta, placa de Santarém JVJ 0790. A Polícia agiu rápido e ainda conseguiu prender Hidelbrando Carvalho, foragido da Justiça do estado do Maranhão. Ele conseguiu indulto da páscoa e fugiu para Santarém. Seu comparsa foi mais esperto à altura da vila do Mararú, Ledson Pereira Cunha, saltou da moto em movimento, e empreendeu fuga mato adentro.

A freqüência de meliantes que não retornam depois de indultos conseguidos através da Justiça, reforça a necessidade de se ampliar o uso das chamadas tornozeleiras eletrônicas.

É prática comum, presos que são beneficiados por indultos “esquecerem de voltar” para a cadeia, depois das datas  comemorativas.

No Pará, a experiência de monitoramento de presos alcançados pela prisão em regime de monitoramento, foi testada no último feriado de Páscoa. 224 presos foram beneficiados, e desses, 30 detentos que foram “atornozelados”, cinco foram de Santarém, do Centro de Triagem. Como a tecnologia é nova, pelo menos no Pará, os diretores dos centros de recuperação passaram por treinamentos.

As estatísticas apontam que em média 30% dos detentos beneficiados não retornam, depois do indulto.

As tornozeleiras têm se mostrado eficazes. São aparelhos à prova d`àgua, tem bateria recarregável, cinda antialérgica, e emite um alerta sonoro, vibratório e visual, caso o detento saia da área delimitada.

Apesar de funcionar muito bem, já começa um movimento para barrar na Justiça, o uso desse mecanismo, pois segundo se alega, o preso que usa as tornozeleiras sofre constrangimento. Nos países desenvolvidos, a Justiça não abre mão dessa “ferramenta”.

Por: Carlos Cruz