‘Sem gasolina’ – Em Morais Almeida, pais denunciam dificuldade na liberação de ambulância e criança acabou vindo a óbito
A pequena Jhully Victoria, de apenas 3 anos, morreu, no último domingo (24), no distrito de Moraes de Almeida, em Itaituba, em decorrência de problemas respiratórios. Os pais afirmam que houve negligência por parte de pessoas que trabalham no posto de saúde do distrito. De acordo com o pai da menina, Wendell Coalla, foi solicitada a remoção da criança para o Município de Novo Progresso, mas a Ambulância não foi liberada.
Wendell disse ao Giro que a filha vinha sofrendo com uma aparente gripe que não melhorava, por conta da poeira devido o grande fluxo de veículos na região. “Ela era uma criança saudável, sempre bem disposta, brincava com os amigos de escola e com o irmão. Tudo começou na segunda-feira quando nossas duas crianças ficaram gripadas, mas Jhully não melhorou e começou a reclamar de cansaço.” disse o pai
Quando perceberam que o caso estava se agravando, a família levou a criança no posto de saúde do distrito, onde ela recebeu um primeiro atendimento e foi constatado que, além da febre e da indisposição, Jhully estava abatida e vomitando bastante. A enfermeira medicou a criança e indicou que fosse encaminhada para Novo Progresso.
Para surpresa da família, a ambulância da localidade estava sem combustível. Enquanto isso, o pai relata que a menina continuava reclamando de fortes dores no peito e falta de ar, o que tornava o encaminhamento ainda mais urgente, de preferência com o uso de balão de oxigênio. A família chegou a se oferecer para arcar com os custos da gasolina; mas, mesmo assim, a ambulância não foi liberada.
Com a não liberação da ambulância para o transporte da criança, a família resolveu leva-la de carro próprio, mesmo assim ainda teriam pedido o acompanhamento de uma enfermeira, por motivo de segurança, o que também não foi autorizado. Infelizmente, mesmo com todo o esforço da família, a menina não resistiu e faleceu antes da chegada ao hospital de Novo Progresso.
“Eu não estou culpando ninguém. Mas, eu acho que se ele tivesse liberado a ambulância, tinha dado tempo. Minha filha morreu 10h, nós fomos pra lá por volta das 4h da madrugada. Se ele tivesse liberado a ambulância pra gente ir, minha filha poderia estar viva hoje.” Desabafa, Wendell.
Ainda segundo o pai, a população se revoltou depois do que aconteceu com a menina. A família está despedaçada e quer que as devidas providências sejam tomadas, para que o mesmo não aconteça com outra criança.
Segundo ao autópsia feita em Itaituba, a menina morreu por insuficiência respiratória e Pneumonia.
“Uma vida que foi perdida. Eu não desejo isso para ninguém! Todo pai não deseja enterrar um filho. A lei da vida é o filho enterrar o pai. ” Disse com tristeza, o pai de Jhully.
Fonte: Portal Giro