Defesa Civil Municipal aprova condições da barragem da Hidrelétrica de Curuá-Una

Relatório da Defesa Civil Municipal aprova as condições da barragem da Usina Hidrelétrica de Curuá-Una, localizada na PA 370, Km 74. O documento conclui que após vistorias realizadas na quinta-feira (18) e nesta sexta-feira, 19, os parâmetros observados estão em conformidade com todos os padrões de segurança regulares mantidos dentro das normalidades exigidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Além da vistoria, a Defesa Civil destacou a importância da manutenção e atualização do Plano de Contingência Municipal e a realização de simulados para viabilizar ações de resposta à população afetada por desastres.

A vistoria foi realizada aos vertedouros e comportas, barragens de terra e de concreto. “Foram identificados todos os aparelhos necessários para o monitoramento da UHE instalados por todos os locais das dependências da barragem. Notou-se, também, que os trabalhos de manutenção com limpeza dos canais de vazão e drenagem estão normais, bem como a contenção das árvores ao redor, que podem danificar a barragem de terra através de suas raízes. Estão mantidas em distâncias regulamentares e o controle de pragas de insetos, como formigas e cupins estão controlados”, afirma o relatório, assinado pelo coordenador municipal de Defesa Civil, Darlison Maia.

Além da vistoria, uma reunião foi realizada com representantes da ANEEL e Eletronorte sobre o Plano de Contingenciamento de Desastres. Durante o encontro foram apresentadas diferenças básicas nos processos de barragem de rejeitos de minérios para barragens de UHE e os cuidados diferenciados aos perigos de rompimentos por falta de vistorias periódicas e manutenção.

“Porque as barragens para represas em UHE foram construídas para resistir a longos períodos, dessa forma, o sistema de alertas deve ser constante, como, também, a manutenção conforme recomenda a legislação vigente”, explica o coordenador.

Os maiores riscos de desastres, conforme foi discutido, encontra-se na mudança natural do tempo ao longo dos anos, com o aumento e diminuição do volume das águas. “Este é um fator preponderante para deslocamento de massa com possível rompimento, desta forma se faz necessário o uso de aparelhos como pluviômetros, sonares e pizômetros”, aponta o relatório.

O representante da ANEEL, Hermann Friedenberg, afirma que no Brasil estão registradas 371 UHE’s, destas foram vistoriadas apenas 177 nesta primeira campanha. Algumas barragens apresentaram baixo risco de rompimento e em outras – a minoria – foram identificadas falhas de manutenção, que elevaram para nível alto de rompimento.

“Estes dados põem em alerta todas as unidades UHE’s, para as necessidades de vistorias periódicas coordenadas”, ressalta Friedenberg, destacando a importância da ação da Defesa Civil neste processo de fiscalização, acompanhamento e participação direta.

Fonte: Agência Santarém

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