Fauna e Flora não foram afetadas pelo vazamento de óleo no Rio Tapajós

Segundo o relatório da análise da fauna e da flora da região atingida pelo óleo que vazou acidentalmente no rio Tapajós, no dia 31 de maio, nem as plantas nem os animais sofreram danos. A conclusão foi feita após o levantamento técnico realizado no local por pesquisadores ambientais credenciados.

O vazamento aconteceu durante manutenção preventiva que a empresa Bertolini Transportes realizava num empurrador ancorado próximo ao porto que fica no bairro Uruará. Cerca de 450 litros de óleo caíram no rio e atingiram 16 pontos isolados numa extensão de aproximadamente 1,5 km, nas margens do Tapajós, com dois pequenos focos no lago do Maicá, conforme dados dos técnicos que procederam com a contensão imediata do material. Assim que o problema foi verificado, a empresa que atua a 11 anos na região, fez a fixação de barreiras de contenção no entorno do empurrador, bem como pelo rio Tapajós. Foram mais de 24h de trabalhos ininterruptos. “Além dos funcionários da empresa Hidroclean, especializada em proteção ambiental, os colaboradores da Bertolini, alguns voluntários da comunidade também nos auxiliaram na contenção do óleo”, afirmou o gerente geral Juraci Nery. Atualmente, a Bertolini mantém um contrato com a empresa Hidroclean, que tem um dos serviços de proteção ambiental mais completos do Brasil, com 15 bases espalhadas estrategicamente, principalmente no litoral do país.

Após o período de limpeza da área atingida pelo óleo e da vistoria técnica feita por órgãos ambientais, pesquisadores e biólogos que atuam em instituições de pesquisa do Estado realizaram levantamento de dados, análise e expedição de laudo técnico sobre a fauna e flora da região. A conclusão da análise afirma que não houve nenhum tipo de dano. “A presença de girinos em uma área relativamente próxima de onde houve acúmulo de óleo é um indicativo da ausência de elementos tóxicos na água, uma vez que no estado larval os anfíbios são ainda mais sensíveis do que os adultos” declara o laudo assinado pelo mestre em Biologia, Hipócrates Chalkidis. De acordo com o laudo, a análise foi feita cerca de 250 m de distância do local onde ocorreu o vazamento, no rio Tapajós.

De acordo com o gerente geral da Bertolini, Juraci Neri, a empresa ainda aguarda para o final deste mês o resultado das coletas de água que foram feitas por um laboratório de São Paulo. “Fizemos a coleta na presença de representantes da SEMA, IBAMA e Polícia Militar. A análise e o laudo são muito importantes para nós, pois nos darão a segurança e a certeza comprovada do bom trabalho de limpeza que fizemos” afirmou.

Umas das principais preocupações da empresa também é a garantia da qualidade de vida dos ribeirinhos e moradores da região. No sábado (11) uma equipe técnica da transportadora, juntamente com representante da Câmara Municipal, OAB, Z-20 e a imprensa percorreram a extensão do rio até o Lago do Maicá para vistoriar o serviço de limpeza e conversar com os comunitários que se mostraram satisfeitos com o trabalho realizado pela Bertolini. “Eles trabalharam rápido, no mesmo dia estavam limpando. Continua tudo limpo. Óleo nem chegou às nossas casas” relatou Vanessa Sousa, moradora do lago do Maicá.

Em sessão realizada na Câmara Municipal de Santarém, no dia 15 de junho, o vereador Valdir Matias Júnior, que acompanhou a vistoria, também fez menção à situação da área. “Não verificamos a presença de peixes mortos, inclusive ao longo do rio, os pescadores estavam pescando normalmente”. O vereador elogiou a eficiência do trabalho desenvolvido pela empresa. Disse que a Bertolini possui um plano de contingenciamento na licença ambiental, que foi colocado em prática e não possibilitou danos ao meio ambiente na ocasião do incidente.

Da Redação