Consultor recomenda baixar padrão de vida para conseguir pagar dívidas
Preços de bens de consumo em queda e crediário ainda farto, mas juros subindo: essa combinação costuma resultar em inadimplência, ou seja, falta de pagamento. O consultor de finanças Rafael Pasquarelli falou sobre o assunto. Segundo ele, no caso de muitas dívidas, o ideal é começar pelas contas essenciais.
“O esforço tem que vir daí. As pessoas precisam se conscientizar que limite de crédito não faz parte da renda. Se a pessoa ganha R$ 1 mil e tem R$ 2 mil de limite, ela não ganha R$ 3 mil, ganha R$ 1 mil”, disse.
Pasquarelli disse que é preciso mudar o padrão de vida para conseguir pagar dívidas. “Os juros são altíssimos. A bomba pode estourar no colo do consumidor. Quanto mais demorar para incorporar a informação, mais vai demorar para pagar a dívida. Se tiver um carro, venda. Se está pensando em viajar, não viaje. Se vai três vezes ao mês no restaurante, não vá nenhuma. Vai ter que reduzir gastos. É mais fácil assim do que achar que vai aumentar a renda a curto prazo.”
“Nós temos que baixar o padrão de vida para compensar o período que gastamos além das possibilidades”, ressaltou o consultor, que alertou ainda sobre os perigos dos juros do cartão de crédito:
“Não se pode nunca fazer compra pensando em pagar o mínimo do cartão. Isso é suicídio financeiro. No exterior, é comum, porque os juros do ano são menores do que se cobra no Brasil no mês. Na Europa, é 6% ao ano, e lá isso já é considerado alto”, concluiu.
Bom Dia Brasil