RF diz que ataque de 'hackers' não prejudicou contribuintes
O ataque virtual sofrido por vários sites do governo Federal (dentre eles o da Receita Federal do Brasil) não ameaçou os bancos de dados existentes nestas páginas. Isto porque os “hackers” não coletaram informações ou plantaram vírus nas páginas eletrônicas e sim tiveram o intuito de tirá-las do ar.
O ataque consistiu em utilizar robôs virtuais para criarem acessos fantasmas às páginas oficiais do governo. A título de exemplo ocorreu um problema parecido com o que é enfrentado quando os contribuintes deixam para entregar a declaração no último dia, todos de uma vez e o número simultâneo de acessos deixa a página lenta. O problema é que desta vez os “contribuintes” que acessaram o site de madrugada foram multiplicados por mil. A RFB tem capacidade para suportar mais de um milhão de acessos aos mesmo tempo e o Serviço de Processamento de Dados (SERPRO) afirmou que mais de um bilhão de acessos foram detectados.
O SERPRO monitora os acessos e estranhou a multiplicação deles durante a madrugada – período no qual quase ninguém visita o site. Tendo detectado que se tratava de uma invasão, o SERPRO tratou de bloquear as páginas do governo, motivo pelo qual elas ficaram fora do ar por mais de uma hora. Desta forma, nenhum dado foi copiado, perdido ou infectado.
O grupo conhecido como Lulz Security (LuzSec) – que já hackeou o site da CIA e do Senado americano – publicou mensagens em seu Twitter assumindo a responsabilidade pela queda das páginas. De acordo com as postagens no microblog, o trabalho é atribuído a uma célula brasileira conhecida como LulzSecBrasil.
Após um período de instabilidades os sites do IBGE, Receita Federal, Planalto e Petrobras voltaram a funcionar normalmente.
Fonte: Jairo Silva Oliveira – ATRFB DRF/Santarém