Homem diz ter dirigido de Belém a Parauapebas com amigo morto no porta-malas
Uma história confusa e cheia de buracos a serem preenchidos começou a ser investigada na tarde deste domingo (10), em Parauapebas, pela Polícia Civil. Tudo começou com um informe macabro recebido pela equipe de plantão da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil: um corpo no porta-malas de um carro estacionado atrás do Terminal Rodoviário, no Bairro Beira Rio.
A Polícia Civil e o Instituto Médico Legal (IML) se deslocaram ao ponto, onde confirmaram a informação e identificaram a vítima, José Allan Macedo do Amaral (foto), assassinado por disparos de arma de fogo. Ao chegar no local, a Reportagem do Correio de Carajás se deparou com o silêncio por parte das autoridades presentes e de familiares de Allan.
A falta de divulgação de informações talvez tenha a ver com o fato de elas estarem desconexas. Junto a uma fonte, o Portal apurou que José Allan havia viajado a Belém com um amigo, Rafael Wilker Silva, que foi conduzido para prestar depoimento na delegacia. Inicialmente, ele relatou ter dirigido de Belém a Parauapebas, mais de 700 km, com o corpo no porta-malas.
Conforme o relato, os dois saíram do sudeste do Pará na quinta-feira (7) e retornaram na madrugada desse domingo, mas apenas um deles chegou vivo. Ele alegou que antes dos dois entrarem no carro para pegar a estrada, foram surpreendidos por sete homens que os renderam, colocaram José Allan no porta-malas e o executaram.
Rafael teria dito aos policiais civis, ainda, que os homens o teriam mandado trazer o corpo para Parauapebas e entrega-lo para a esposa de José Allan e que chegou em Parauapebas por volta do meio-dia. O pai da vítima, José Ribamar Duarte do Amaral, foi avisado do ocorrido com o filho e logo compareceu ao local.
Assim como as autoridades policiais, nem Rafael e nem José Ribamar quiseram gravar entrevista com a Reportagem antes de seguirem para a delegacia. Ainda segundo a fonte do Portal Correio, José Allan foi preso por envolvimento com tráfico de drogas em 2015.
Ainda não há informações sobre o que os dois amigos foram fazer em Belém e nem os motivos alegados por Rafael Wilker para não ter acionada forças policiais logo após a execução ou detalhes sobre o que ocorreu após a chegada dele em Parauapebas.
Fonte: Jornal Correio de Carajás
Foto: Reprodução Redes Sociais
Há professores disponíveis pra esse luxo ou mera demagogia ?