Um paraíso chamado Santarém

Santarém é o segundo maior município do Pará. Está localizado na região Oeste do Estado, a quase 1400 km de Belém, a capital. É banhado pelas águas do Rio Tapajós, que, aliás, proporcionam um dos espetáculos da natureza mais bonitos de se apreciar ao chegar na orla da cidade: o encontro das águas dos Rios Tapajós com Amazonas.

De um lado, uma água límpida cor azul esverdeada ou verde azulada, de outro, a água barrenta, não menos atraente. É impressionante perceber que as águas não se misturam. A física explica: cada corrente tem uma densidade diferenciada que impede que elas se tornem homogênea. Mas o passeio não é para se prender a fenômenos físicos, e sim para emocionar.

Encontro dos rios Tapajós e Amazonas

Uma coisa poderia ser desagradável. A cidade é quente, muito quente. Para aguentar uma sensação térmica de quase 40 graus só mesmo em uma praia. E Santarém tem essa pedida, o que faz com que o calor seja apenas um complemento para a viagem. Seria covardia não aproveitar da imensidão do Rio Tapajós como forma de lazer. Arariá, Carapanari, Jutuba, Maracanã… os nomes das praias também são um atrativo à parte. Depois da aula de física, só um pouco de história para deixar a viagem mais interessante e os turistas mais curiosos.

Curiosa mesmo é a praia de Alter do Chão, que fica a um pouco mais de trinta quilômetros do centro da cidade. A praia fica no centro do rio, o visitante chega em Alter do Chão, pega uma embarcação conhecida como rabeta e atravessa para a Ilha do Amor, como chamam o monte de terra que surge no meio da água.

Praias e surpresas

Atrás da Ilha do Amor fica a Serra da Piroca. Explicando: o nome de batismo é “Pira Oca” que na língua indígena significa casa do peixe (pira=peixe + oca=casa). Com um tempo, o vício de linguagem popular o transformou no nome sugestivo. Uma trilha pela mata fechada leva até o alto do morro onde os colonizadores portugueses, junto com os índios da tribo Borarí, colocaram uma cruz de quase cinco metros para abençoar toda a região. Quem quiser conhecer vai precisar ter fôlego. É quase uma hora de subida íngreme por um caminho cheio de surpresas. Mas, para quem chegar ao topo, a natureza recompensará o esforço.

E que tal deixar o passeio menos cansativo e pegar uma lancha? Em alguns minutos é possível chegar a locais muito interessantes, como o cenário do próximo filme brasileiro de Tainá (3ª edição). Os caminhos pela mata, com vegetação de igapó e ruas flutuantes – cenário que retrata fielmente o que é estar na Amazônia – fizeram com que a produção do longa metragem escolhesse Alter do Chão como local para contar mais uma das aventuras da personagem.

Essas são algumas das surpresas que Santarém reserva para o visitante. Um final de semana é o suficiente para conhecer um pedaço das belezas do município paraense. Mas se quiser conhecer totalmente, é só fazer como Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo que não resistiu aos encantos da “Pérola do Tapajós”, como é conhecida a cidade. Bill estacionou o seu transatlântico nas águas do rio e desfrutou desse paraíso.

Por: Anna Cristina Campos – Jornalista

Um comentário em “Um paraíso chamado Santarém

  • 4 de julho de 2011 em 11:52
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    Parabens Anna Cristina pelo belo trabalho. Parabens aos seus colegas de redação. E parabens ao impacto.
    Apesar das dificuldades de infra-estrutura na cidade e na ilha, é de trabalhos de divulgação como este que precisamos ter constantemente, e não de omissão e desserviço como ocorre com certos diretores de canais locais de televisão. Com raras exceções, Eles não se preocupam muito com a nossa cidade e região.

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  • 4 de julho de 2011 em 07:32
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    A cidade é linda quando tem prefeitos competentes.. atualmente a cidade está feia, mal-cuidada e mal-administrada..

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