Artigo – Daily Beast expõe rede de falsos jornalistas que publicam ou induzem editoriais
Cuidado com os falsos jornalistas! Vinte e um jornalistas de todo o mundo estão presos sob a acusação de “notícias falsas”, de acordo com um novo relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
A organização também comunicou o número recorde de 262 jornalistas atualmente na prisão por razões decorrentes de sua profissão. A maior parte de jornalistas presos está na Turquia com 73. A Turquia sofreu uma tentativa de golpe feita pelos norte-americanos. Não houve sucesso e milhares de juízes e jornalistas traidores foram presos.
O Senador John McCain criticou o presidente Donald Trump pelos seus ataques diários à imprensa livre, e seus esforços para rotular organizações de notícias legítimas como “notícias falsas”. McCain disse que Trump deve entender que sua retórica é prejudicial para a imprensa séria e profissional. Isso é estratégia de Steve Bannon, que comanda o governo Trump e o governo Bolsonaro, ele usa e abusa das “notícias falsas” e ataca a imprensa profissional.
A rede estava centrada em dois sites, o Arab Eye e o Persia Now, e está em operação desde 2019, informou o Daily Beast. Especialistas inexistentes pertencentes falsificaram os perfis do LinkedIn e alegaram falsamente ter credenciais acadêmicas. Alguns usaram imagens geradas pela inteligência artificial para seus perfis, enquanto outros optaram por fotos de pessoas reais, que foram alteradas para evitar a detecção.
Os colunistas Amanda Acosta e Otto Dantas são, segundo o “Aos Fatos”, perfis falsos. A foto de Costa seria uma modificação de uma imagem da escritora infanto-juvenil Thalita Rebouças, enquanto a imagem de Dantas seria uma alteração de exemplar de banco de imagens.
Voltando lá para as Arábias, a rede descoberta operava pelo menos 19 dessas pessoas falsas e produziu mais de 90 artigos impressos em 46 publicações diferentes, segundo o relatório. Entre eles estavam os meios de comunicação norte-americanos de direita, como o Washington Examiner e o National Interest, o South China Morning Post, com sede em Hong Kong, além de grandes players como o Jerusalem Post e o Al Arabiya.
Na segunda-feira, o Twitter suspendeu 16 contas identificadas pelo Daily Beast como pertencentes à rede. Ainda não está claro quem está por trás da suposta rede. Os artigos de opinião se concentravam nos assuntos asiáticos, mas rapidamente mudaram o foco para o Oriente Médio. Eles criticaram o Irã, a Turquia, o Catar e o canal de notícias estatal Al Jazeera. Enquanto isso, elogiavam os Emirados Árabes Unidos, diz o relatório.
A rede divulgada não é o único exemplo de “jornalistas falsos” enganando a mídia, pois a era digital tornou muito mais fácil para os fraudadores fabricarem trabalho. Um exemplo infame é o do “Eduardo Martins”, que alegou ser um fotógrafo de guerra do Brasil e, durante anos, levou grandes agências internacionais de notícias a pagar por fotos “suas”, na verdade eram plagiadas. Ele foi preso em 2017.
RG 15 / O Impacto