Padre é suspeito de desviar R$ 60 milhões doados por fiéis de igreja
Fundador e presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), padre Robson de Oliveira Pereira é um dos principais investigados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por organização criminosa, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal.
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, cumpriu nesta sexta-feira (21), 16 mandados de busca e apreensão na sede da entidade, empresas e residências em Goiânia e Trindade.
O órgão também investiga se o dinheiro pode ter sido usado para compras de bens luxuosos, entre eles, uma fazenda de R$ 6 milhões em Abadiânia, no leste de Goiás, e uma casa de praia, no valor de R$ 3 milhões, em Guarajuba (BA).
Segundo o MP, as investigações começaram após indícios de que o presidente da entidade teria utilizado indevidamente recursos das contas da Associação após ser vítima de extorsão, em março de 2019. Na ocasião, o padre teria transferido cerca de R$ 2 milhões da Afipe para cinco dos acusados da extorsão. Eles pediam o dinheiro para não divulgar informações e mensagens de cunho pessoal e amoroso que pudessem expor o líder religioso, porém a polícia apontou que as mensagens usadas para extorquir Robson eram falsas.
Até que os fatos sejam esclarecidos, o padre pediu afastamento de suas funções do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno e da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). As funções do clérigo serão assumidas, de forma provisória, pelo padre André Ricardo de Melo, provincial dos Missionários Redentoristas de Goiás.
Fonte: Dol
Foto: Afipe/Divulgação