Alerta – HMS registra aumento de vítimas de acidentes de trânsito em Santarém e outros municípios
Os principais fatores das intercorrências ainda são dirigir alcoolizado e imprudência.
O atendimento que é feito aos pacientes vítimas de acidente de trânsito vão desde as lesões leves até a necessidade de intervenção cirúrgica imediata. O setor de urgência e emergência do Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) recebeu nos últimos três meses 838 pessoas que se envolveram em colisão carro com carro, carro e moto e moto com moto. Desse total, 40% são casos graves. Alguns chegam sem os sinais vitais e outros com amputação dos membros
O mês de julho tem sido o que representa o maior número de atendimento, com 52% em comparação ao mês anterior se mantendo bem próximo ao mês atual, agosto. Acidentes que envolvem choque entre carro e moto são os mais frequentes 23% do total de acidentes. O HMS recebeu 532 pacientes encaminhados de outros municípios, grande parte desses casos são por conta de acidentes de trânsito.
Os números expressam o aumento demasiado de vítimas de acidentes a partir do mês de maio em comparação aos meses do período de isolamento social, ocorrido por conta da pandemia da COVID-19.
O Hospital atua com as mais diversas especialidades para acolher nessas ocorrências, como ortopedia, buco maxilo, neurocirurgia e vascular. Além da Unidade contar com disponibilização e exames como Raio-X, tomografias, ultrassons e exames laboratoriais que ajudam a definir o diagnóstico do médico. Os casos graves e fraturas expostas, por exemplo, são encaminhados ao centro cirúrgico do HMS, também conta com a Unidade de tratamento Intensivo (UTI) e a estabilização adulta e pediátrica.
Salvando vidas
Rivaldo Silva, 42 anos, caminhoneiro há 22 anos, natural do estado de Goiás já rodou o Brasil inteiro e em uma dessas viagens quase perde a vida. No dia 28 de julho, quando cumpria uma entrega de carga de milho, no percurso Sinop (MT) a Miritituba (PA), por volta das 10h30, no KM 500, da BR 163, que liga os dois estados, Rivaldo sofreu um acidente. Ele conta que foi tudo muito rápido.
“Eu ouviu um zumbido no ouvido e uma espécie de luz nos olhos, quando acordei já estava com a carreta tombada e a minha esposa por cima de mim. Não conseguia sair por causa do cinto de segurança, um dos meus braços estava preso e com o outro eu tentei quebrar o vidro, mas sem sucesso”, contou ele.
Segundo ele, a esposa só foi retirada após a chegada de algumas pessoas que passavam pela estrada. “O rapaz que eu não imagino quem seja, quebrou o vidro e retirou a minha esposa. Eu percebi que o caminhão podia explodir a qualquer momento, então, pedi uma faca para eu cortar meu braço. Eu tive que cortar na junta e percebi que sangrava muito, daí não lembro mais de muita coisa. Acordei em um Hospital de Trairão”, explicou ele.
No mesmo dia ele foi transferido para o HMS, onde realizou cirurgia da amputação do membro superior esquerdo. O paciente passou 20 dias no pós cirúrgico, na clínica cirúrgica do HMS. Na sua saída agradeceu a toda equipe multiprofissional. “Eu fui muito bem atendido e tudo com muita agilidade. Se não fosse isso acredito que estaria pior”, finalizou.
RG 15 / O Impacto com informações do HMS