Artigo – Homens precisam ter um cuidado a mais com o uso de celular

Por Oswaldo Bezerra

No início dos anos 2000, lembro de muitos amigos que se negavam a possuir um aparelho celular. Eles achavam que o aparelho levava direto para a escravidão. O problema é que fomos obrigados a usar, por causa da imposição da empresa para qual trabalhávamos.

Devido às muitas funcionalidades do aparelho somos obrigados a usá-lo, sem mesmo ninguém para exigir. Hoje sim, podemos afirmar que somos escravos dos aparelhos. Ficamos presos a eles muitas horas. Não podemos negar que  trazem muitas facilidades. O que nós homens não sabíamos, é que eles nos trazem um perigo a mais.

Até o momento, muitos estudos foram feitos sobre seus danos à saúde. O impacto dos smartphones na visão não é mais um segredo, a luz do celular oculta riscos menos óbvios. Entre eles, a qualidade do sêmen.

Homens que usam o celular antes de ir para a cama, acabam sendo menos férteis. A exposição às telas que emitem luz à noite influencia na qualidade do esperma, segundo estudo realizado por uma equipe de cientistas do Instituto de Sono e Fadiga de Israel.

Foram amostrados 116 homens com idades entre 21 e 59 anos e os submeteram a testes. O objetivo foi avaliar a fertilidade. Os participantes responderam sobre seus hábitos de sono e o uso de dispositivos eletrônicos.

Homens que usavam seus celulares com mais frequência à noite tinham uma concentração bem mais reduzida de espermatozoides. Além disso, os espermatozoides restantes eram menos móvel, o que significa que tinham uma capacidade limitada de fluir em direção ao alvo.

A radiação eletromagnética de radiofrequência emitida pelos dispositivos eletrônicos (celular, tablets e laptops) é o fator associado a essas mudanças, consideram os cientistas. Ele aumenta a temperatura do esperma, afetando sua produção, diz o estudo. Para produzir espermatozoides de boa qualidade, os testículos devem ser mantidos mais frios do que o resto do corpo. Por isso, são separados do torso masculino.

Este é o primeiro estudo a relatar essas correlações entre a qualidade do esperma e o tempo exposto à luz de ondas curtas, emitida pela mídia digital, principalmente smartphones e tablets, à noite e após ir para a cama.

Os cientistas israelenses também descobriram que os homens que dormiam mais tinham maior quantidade de espermatozoides, com melhor mobilidade em comparação com aqueles que não descansavam o suficiente.

Estudos anteriores já relacionavam possíveis ligações entre o uso do telefone celular e a saúde do sêmen. Outra pesquisa de Israel concluiu que homens que falam mais ao telefone têm maior probabilidade de terem concentração anormal de esperma. Outro estudo nos Estados Unidos concluiu que quem carrega o celular no bolso da frente por mais tempo, produz menos sêmen e de qualidade inferior.

RG 15 / O Impacto

 

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