Coluna Simpi – Pronampe: não basta ampliar, o empresário precisa ter acesso ao crédito
O Governo Federal anunciou a terceira fase do Pronampe no final do último mês. Um dos objetivos é oferecer apoio às micro e pequenas empresas, uma das categorias econômicas mais atingidas pela crise causada pela pandemia do novo coronavírus no país.
No entanto, não basta ampliar o programa de crédito. É necessário que os empresários tenham acesso às linhas de crédito. Essa é a opinião do deputado federal e vice-presidente da Câmara e do Congresso Nacional, Marcos Pereira (Republicanos-SP).
“O Banco Central precisa trabalhar junto aos bancos para que eles olhem para os micro, pequenos e médios empresários de uma forma diferenciada. Você não pode exigir as mesmas garantias para as micro, pequenas e médias empresas que se tem com as multinacionais, pois elas têm muito mais condições de garantir o crédito. O Banco Central precisa agir de uma maneira mais eficaz, pois o maior problema não é o recurso ser disponibilizado, mas sim ser liberado, chegar lá na ponta”, afirmou o parlamentar, em entrevista ao programa “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”.
Assista:https://youtu.be/-
E a pequena empresa na reforma tributária?
Marcos Pereira também comentou sobre a reforma tributária e defendeu a sua aprovação. “A reforma tributária é uma das mais importantes e uma das que mais precisam ser feitas pelo Brasil. O sistema tributário brasileiro é um manicômio, uma confusão muito grande. E eu, o presidente da Câmara dos Deputados (Rodrigo Maia-DEM/RJ), todos nós estamos trabalhando para que todos os esforços sejam colocados para a aprovação ainda este ano. Obvio que se isso acontecer, será apenas na Câmara dos Deputados. Eu não vejo a possibilidade de aprovar na Câmara dos Deputados e no Senado Federal ainda este ano”, ponderou o parlamentar do Republicanos-SP.
Já o com Simples Nacional…
Outro tema abordado por Marcos Pereira foi a possibilidade da extinção do Simples Nacional, que já foi tratado inclusive pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. E para o deputado federal, no atual momento do país, esse assunto está descartado.
“Obviamente que as propostas são debatidas, existem ideias e projetos com todos os vieses possíveis. O governo federal já falou em acabar com o Simples e recentemente vi uma entrevista em que o presidente da Câmara mencionou isso de forma breve. Mas hoje, analisando o Congresso Nacional e a forma como o debate está sendo colocado, eu não vejo muito espaço para que seja aprovado a extinção do Simples. Nós temos uma frente parlamentar em defesa das micro e pequenas empresas que é muito atuante. Então eu vejo muito pouco espaço para essa possibilidade”, explicou.
Governo permite o reparcelamento dos débitos do Simples Nacional
Desde o dia 3 (três) de novembro, as empresas podem reparcelar os débitos apurados pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).
A Instrução Normativa RFB nº 1.981, de 9 de outubro de 2020, excluiu o limite de 1 (um) pedido de parcelamento por ano. Desta forma, o contribuinte poderá reparcelar sua dívida quantas vezes quiser.
A possibilidade visa estimular a regularização tributária dos contribuintes e, consequentemente, evitar ações de cobrança da Receita Federal que podem ocasionar a exclusão do Simples Nacional.
As condições para o reparcelamento é o pagamento da primeira parcela nos percentuais abaixo:
I – 10% (dez por cento) do total dos débitos consolidados; ou
II – 20% (vinte por cento) do total dos débitos consolidados, caso haja débito com histórico de reparcelamento anterior.
O pedido de reparcelamento deverá ser feito exclusivamente por meio do site da Receita Federal na Internet, no endereço gov.br/receitafederal
O fisco complica a vida de seu melhor parceiro
Em conversa com o especialista José da empresa explica como financiamos os estado: “Em abril de 2017 eu participei do Congresso de Advogados Tributaristas em SP e um dos palestrantes era o professor Dominique Turpin, do Insead, uma das maiores escolas de negócios com sede na Suiça.
Ele abordou a situação tributária e comentou que antes de pensar em reforma tributária os brasileiros precisam mudar o conceito de CONTRIBUINTE, que é consumidor final, seja PF ou PJ e não a empresa que vende.
A empresa é um intermediário que trabalha de graça para o governo. Embute os tributos no preço, cobra do consumidor e recolhe ao fisco antes de receber do cliente.
A empresa brasileira usa seu capital de giro para financiar o governo antecipando o recolhimento de tributos, sem a certeza se vai receber e ainda é chamada de contribuinte, enquanto que o verdadeiro CONTRIBUINTE não é fiscalizado.
E o fisco erroneamente complica a vida desse intermediário na hora de recolher os tributos que cobrou do CONTRIBUINTE, portanto ,e na verdade, complica a vida de quem faz o serviço.
RG 15 / O Impacto