Artigo – Equipe jurídica de Donald Trump revela a fraude nas eleições dos EUA
Por Oswaldo Bezerra
Houve uma grande expectativa para a revelação de uma bomba política, que foi prometida pela equipe jurídica de Donald Trump. A equipe legal de Trump prometeu revelar todos os pormenores da fraude eleitoral e denunciar todos os envolvidos. Finalmente foi tudo revelado nesta semana com dados, que segundo a equipe do presidente norte-americano, são provas massivas da fraude.
A primeira vista pareceu a revelação possuir dados massivos e contundentes, uma vez que em uma roda de imprensa foram apresentados dados da fraude durante 1 hora e meia. Todos estavam prestes a perder a recuperação quando a porta da voz do presidente iniciou a revelação.
As palavras da advogada de Trump, Sydnei Powell, foram assim ditas: “a empresa Smartmatic, uma empresa venezuelana, com ligações com o governo de Hugo Chaves, abertamente hostil aos EUA, e como todos sabem, comunista”.
Logos muito se perguntaram. Que disseram mesmo? Foi Hugo Chaves? Que ano foi mesmo esta roda de imprensa? Hugo Chaves morreu há 7 anos. Sim esta roda de imprensa foi em 2020, mas relacionou a fraude a Hugo Chaves.
O advogado de Trump, Rudolph Giuliano, completou o comunicado dizendo: “Em grande parte do país usamos máquinas da Venezuela para contar votos. Sim, nós permitimos isso. Vamos nos transformar em uma Venezuela”.
Giuliano tentou aclarar as denúncias, mas provocou mais ataques de risos do que realmente uma explicação. Por isso muitos se perguntaram. Eles fizeram uma revisão do que iriam soltar para a imprensa? O comunicado estava parecendo mais um show de comédia, daquelas comuns de se assistir na praia de Iracema em Fortaleza.
Como uma porta-voz da equipe jurídica, Powell levou a denúncia mais a fundo dizendo: “houve uma massiva influência com dinheiro comunista da Venezuela e Cuba. Talvez tenha entrado dinheiro da China também”.
Pessoas que pensam um pouco logo se perguntaram. Escutamos bem, dinheiro comunista de Cuba e Venezuela. Mais uma vez o comunicado tomou ares de humor. Notamos neste ponto que o intento de provar uma fraude patinava e não saia do lugar.
Giuliani até comentou que não sabia se tinha explicado teorias suficientes. Contudo, a equipe não conseguiu demonstrar a fraude nem o ato de prejudicar ou favorecer a quem. Foi como acusar de ter havido um assassinato, pelo simples fato de se achar uma faca em cima da mesa da cozinha, sem conseguir provar que alguém realmente foi morto.
Em vez de apresentar como a suposta debilidade eleitoral dos EUA foi usada contra Trump, a equipe se concentrou em numerar as debilidades do sistema. Estas debilidades já são amplamente conhecidas por todos e são usadas há décadas. Os argumentos da equipe se justificados todos os últimos 5 presidentes deveriam ter suas eleições invalidadas, inclusive Trump.
Não parou por aí. Giuliano discursou dizendo: “aliados de Chaves e agora do Maduro, com uma empresa com sócios são do convívio de Soros, o maior contribuinte do partido democrata, do grupo Antifascista e do grupo Vidas Negro Importam”.
O tradicional discurso adotado pelos EUA, sobre as economias quebradas dos países que segundo eles são comunistas (Cuba e Venezuela), de que estes países estão arruinados economicamente agora mudou. Segundo a equipe jurídica de Trump, estes países conseguiram, com seu poderio econômico através de “bolívares” e “peso”, desestabilizarem a nação mais rica do mundo. Foi o ponto da roda de imprensa mais fácil de detectar uma mentira.
A empresa Smartmatic não é de fato venezuelana. É uma multinacional fundada na Flórida, em 2020, por dois sócios venezuelanos. Atualmente a sede da empresa é em Londres. Nesta eleição o software da empresa foi usado apenas no condado de Los Angeles. Não poderia ter influenciado na eleição, mesmo porque o resultado da Flórida não está sendo confrontado por Trump.
A equipe de Trump foi além, e disse que empresa de maneira muito suspeita andou mudando de nomes. Foi como o que aconteceu com a mudança do nome da empresa Ericsson para Sony Ericsson fosse uma prova de fraude. Além do mais, a Smartmatic deixou de trabalhar nos processos eleitorais na Venezuela em 2017. Foi esta empresa que denunciou fraude na eleição da constituinte venezuelana. Imagina se a empresa não fosse amiga de Maduro, como disse a equipe de Trump.
A advogada Sidney Powell afirmou que: “o software da empresa aplicava um algoritmo que, provavelmente, convertia votos de Trump em votos de Biden”. Esta declaração foi tão deslavada que ela foi, dentro do ridículo da apresentação, a mais sacrificada. Pelas mentiras deslavadas dela a própria equipe de Trump resolveu afirmar, após a roda de imprensa, que Powell fez advocacia por conta própria e que não pertencia a equipe jurídica do presidente.
Logo após a comédia pastelão, apresentada pela equipe de Trump, explodiram “memes” que vitalizaram na internet. Claro, os grandes jornais dos EUA também se aproveitaram da situação para fazer piadas sobre a apresentação da equipe. Falaram dos delírios de Sidney Powell. Falaram do suor de Giuliani que fez derreter a tintura de cabelo.
Com toda a razão os grandes jornais norte-americanos se esbaldaram com o pastelão da equipe de Trump. Contudo, os jornais que riram dos absurdos especulativos da equipe jurídica de trump, são os mesmos jornais que fazem a mesma denuncia vazia quando se trata de eleições em países que a eles não gostam como Venezuela e Bolívia.
Os mesmos meios, que trataram de colocar seus especialistas para analisar e refutar as alegações da equipe legal do presidente, na época das alegações de fraudes na Venezuela a trataram de publicar sem checar nenhuma informação. Nunca esta imprensa conseguiu sequer uma prova de fraudes nas eleições da Venezuela e da Bolívia. Caso seja irresponsável e perigosa uma denúncia vazia de fraude nos EUA, não é menos quando ocorre em outro país.
RG 15 / O Impacto
Comunistas sempre fugindo da verdade, deixem a decisão sobre as falcatruas da esquerda nesta eleição, para a Suprema Corte !