Artigo – Cimeira global apresenta “ambições climáticas”
Por Oswaldo Bezerra
Os líderes globais devem anunciar planos mais ambiciosos para combater o aquecimento global neste fim de semana, no quinto aniversário da assinatura do Acordo de Paris.
A Cúpula da Ambição do Clima, que está sendo realizada online, ocorre em um momento em que as Nações Unidas alertam que os atuais compromissos para enfrentar os aumentos nas temperaturas globais são inadequados.
O Brasil não foi convidado devido ao isolamento dos EUA, com novo governo Biden, e União Europeia ao governo Bolsonaro. Por isso, nosso país ficou de fora da lista de países que participam neste final de semana da Cúpula da Ambição Climática 2020, que é preparatória para a próxima Conferência sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP 26), da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorrerá no Reino Unido em 2021.
O Reino Unido, a ONU e a França estão co-hospedando a cúpula, que será aberta pelo primeiro-ministro Boris Johnson e transmitida ao vivo em climateambitionsummit2020.org .
O presidente da China, Xi Jinping, e o francês Emmanuel Macron, estão entre os chefes de Estado participantes, com discursos entregues a líderes de países que apresentaram os planos mais ambiciosos.
Entre eles estão Honduras e Guatemala, que foram recentemente atingidas por furacões, bem como a Índia, que está lutando contra padrões climáticos cada vez mais erráticos e poluição do ar.
Os números dos negócios que devem se manifestar incluem Tim Cook, o presidente-executivo da Apple, que se comprometeu a tornar toda a sua cadeia de suprimentos neutra em carbono até 2030.
As principais economias, incluindo Austrália, Brasil e África do Sul, estão ausentes. A Austrália não se comprometeu com emissões líquidas zero até 2050 e foi acusada de estabelecer metas muito fracas. O Brasil possui um Ministro do Desambiente.
Os palestrantes vão entregar mensagens de vídeo curtas, com os organizadores dizendo que vão anunciar “novos e ambiciosos compromissos de mudança climática” e não haverá “espaço para declarações gerais”.
O acordo climático de Paris de 2015 viu os signatários se comprometerem a tomar medidas para limitar os aumentos de temperatura “bem abaixo” de 2,0 Celsius acima dos níveis pré-industriais e tentar limitá-los a 1,5 C.
A ONU alertou esta semana que sob os compromissos atuais, a Terra ainda está em curso para um “aumento catastrófico de temperatura” de mais de 3,0ºC neste século. É um momento de responsabilidade para os líderes.
De acordo com o mecanismo de “catraca” do acordo de Paris, os países são obrigados a apresentar planos renovados de corte de emissões, denominados Contribuições Nacionalmente Determinados ou NDCs, a cada cinco anos.
O prazo para isso é 31 de dezembro. Os países devem anunciar esforços para reduzir as emissões nacionais, estratégias de longo prazo e compromissos financeiros para apoiar os mais vulneráveis.
Mais de 110 países se comprometeram a se tornar neutros em carbono até 2050. A China, o maior poluidor do mundo, anunciou em setembro que planeja atingir emissões líquidas zero até 2060. A meta global é de reduzir as emissões em 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990.
A Grã-Bretanha, fora da UE desde janeiro, anunciou que buscaria reduzir as emissões em 68%. Johnson, mandatário britânico, apresentou planos para uma “revolução industrial verde” que criará 250.000 empregos. Também indicou que encerrará todo apoio governamental direto ao setor de energia de combustíveis fósseis no exterior.
Os últimos cinco anos foram os mais quentes já registrados, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial, uma agência da ONU, com preocupação com o aumento do número de incêndios florestais, tempestades e inundações.
A ONU disse que a queda nas emissões devido à pandemia global de coronavírus é pequena demais para conter o aumento das temperaturas.
Os Estados Unidos, o segundo maior poluidor do mundo, depois da China, abandonaram o Acordo de Paris sob o presidente Donald Trump, que questionou a Ciência aceita por trás das mudanças climáticas.
O novo enviado dos EUA para o clima, John Kerry, planeja imediatamente voltar a entrar no acordo e o presidente eleito, Joe Biden, estabeleceu uma meta de neutralidade de carbono até 2050.
O governo brasileiro ainda tentou, em vão, reverter a exclusão. Para isso, designou vários interlocutores para fazer “gestões” com os promotores do evento e tentar garantir participação na reunião. Tornamos-nos um pária no mundo?
RG 15 / O Impacto
“Párias no mundo” éramos quando o Brasil aceitava os gringos nos acusar de derrubar a floresta, enquanto consumiam a madeira que saia clandestinamente para as suas marcenarias . Governos fracos e corruptos agradavam em cheio esses “defensores do planeta,” enquanto queimam carvão em suas indústrias. Agora tem governo honesto e ministro do meio ambiente com moral, sabe o que diz e o que defende, aí vira osso duro de roer, hein embusteiros da clorofila !!!