Senadores lamentam atraso do Brasil na vacinação contra a covid-19
O atraso do Brasil para começar a vacinação contra a covid-19 tem gerado críticas dos senadores. A imunização já foi iniciada nos Estados Unidos e vários países da Europa, da América Latina e do Oriente Médio. Em outros países, a previsão é de início já nos próximos dias. No Brasil, a previsão é de que as primeiras doses só sejam aplicadas em fevereiro. Para a maior parte dos senadores que se pronunciaram, o governo tem demonstrado falta de responsabilidade.
“Já são cerca de 40 países que iniciaram suas campanhas de vacinação contra a covid-19. Os efeitos colaterais relatados são euforia, esperança e disposição para encarar os desafios! O Brasil? Ah, por aqui o presidente não dá a mínima. Isso talvez explique os quase 200 mil óbitos!” disse, pelo Twitter, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Para o senador, enquanto o mundo avança nas ações para exterminar o vírus, o Brasil nem aparece no mapa da vacina. “Estamos na lanterna, literalmente. E esse ‘jogo’ nós não poderíamos perder, vidas estão em risco! Precisamos vacinar!”, afirmou o senador, que apontou a incompetência como determinante para milhares de vidas perdidas no Brasil.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o senador Major Olímpio (PSL-SP) também destacou o fato de mais de 40 países terem iniciado a vacinação. “Não dá pra ficar negando a necessidade da vacinação como único caminho que a humanidade tem”, afirmou o senador. Para ele, além dos benefícios econômicos, já reconhecidos por integrantes do governo, é preciso pensar nas vidas que serão salvas.
O senador afirmou que o momento não é de discutir ideologias e preferências políticas, mas sim de discutir a questão da saúde. Major Olímpio afirmou que é preciso confiar na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela liberação das vacinas e afirmou que será imunizado assim que essa opção estiver disponível no país.
“Eu vou tomar a Coronavac. Assim que estiver certificada eu tomo com transmissão para o Brasil todo. Se tiver qualquer das vacinas, eu vou ser o primeiro a tomar, se assim entenderem que meu exemplo é válido”, afirmou o senador, que lembrou a necessidade de seguir ordem de prioridades do calendário de vacinação.
Uso emergencial
O senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ) compartilhou publicação feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a vacinação. Na postagem, o presidente afirmou que nenhum laboratório apresentou pedido de uso emergencial da vacina e que a Anvisa tem atuação independente. O presidente afirmou que a vacina será ofertada a todos os brasileiros, mas que não será obrigatória.
Para o senador Paulo Rocha (PT-PA), a postura do governo mostra despreparo. “Sem vacina, quem ganha é a morte! Desprezo à vida, quase um culto à morte, é a grande marca desse presidente Bolsonaro, afirmada e reafirmada em todo o seu desgoverno. Com a pandemia esse desprezo ficou mais escancarado, assim como seu despreparo para governar o Brasil”, lamentou o senador pelo Twitter.
A demora para começar a vacinação no país também foi criticada pelo senador Cid Gomes (PDT-CE). “Hoje a vacinação iniciou na Europa. Também já começou no México, Chile e Costa Rica. Nos Estados Unidos, mais de um milhão já estão vacinados. Na Argentina, inicia-se na terça feira. Enquanto isso, no Brasil, não temos sequer uma política nacional de combate à covid-19”, publicou o senador.
A diminuição dos valores destinados a campanhas de incentivo à vacinação no Brasil foi uma das críticas feitas pelo senador Humberto Costa (PT-PE), que apontou atraso de dois meses do Brasil com relação a outros países no processo de imunização em massa. “Ainda sem data oficial para começar a vacinar a população contra Covid-19, Brasil vê países vizinhos pelo menos dois meses à frente na imunização de suas populações”, lembrou o senador pelo Twitter.
Humberto Costa compartilhou notícias sobre o início da vacinação em outros países e sobre declarações de Bolsonaro, que afirmou não se importar com a pressão para que a imunização comece no Brasil. Para o senador, o país está “sem hospital, sem vacina e sem presidente”. Ele chamou o Bolsonaro de genocida e demonstrou preocupação com a possibilidade de os números da pandemia estarem subestimados, como apontou o ex-ministro Nelson Teich em declarações recentes.
Prevenção
Já o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) compartilhou notícias sobre as medidas restritivas que estão sendo tomadas em alguns estados para prevenir o avanço da pandemia nas férias e festas de fim de ano. O temor é de que haja um aumento expressivo dos casos de covid-19 em janeiro. O senador também compartilhou orientações à população: “Algumas dicas sobre como se prevenir contra o novo coronavírus. Proteja-se!”, alertou pelas redes sociais.
Ele também demonstrou preocupação com a situação de brasileiros que encontram dificuldades para voltar ao país por causa das restrições impostas pela covid-19. A falta de voos do Reino Unido para o Brasil faz com que muitas pessoas não tenham perspectiva de retorno. “Como muitos governos proibiram a entrada de quem esteve em território britânico por medo da covid-19, há muitas pessoas que não sabem como e quando voltarão para suas casas”, lamentou o senador.
Fonte: Agência Senado
O oportunista e incompetente senadorzinho do Amapá agora vem dar pitacos, querendo angariar simpatias da população. Parece não saber que as vacinas estão sendo aplicadas sem que os laboratórios se responsabilizem pelos efeitos secundários que venham a desencadear, algo que o Presidente Bolsonaro não concorda; finge ignorar, ainda, que nenhum laboratório enviou à Anvisa pedido de análise para a aprovação do produto !