Apesar da pandemia, o Pará foi o maior gerador de empregos no Norte em 2020
Mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, o Para foi o estado que mais gerou empregos formais na região Norte em 2020, uma alta puxada principalmente pelo setor da construção civil. De acordo com um balanço divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), foram quase 10 mil postos de trabalho só nessa área, entre janeiro e novembro, levando em consideração as admissões e os desligamentos. O bom resultado deve-se, entre outros fatores, aos investimentos em obras e programas por parte do governo do Estado.
No entanto, houve queda na geração de empregos formais em dezembro passado, e um saldo negativo de 1,4 mil postos, sendo 60 do setor da construção civil.
O titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Inocêncio Gasparim, comenta a expectativa de um 2021 de mais números positivos.
“Nossos resultados representam 60% dos empregos nessa atividade econômica em todo o Norte, e estão ligados ao trabalho que o Governo faz de atração de investimentos de recursos, com trabalho acelerado para a concessão de licenças estrutura e infraestrutura para implantação de novas empresas”, avalia o gestor, lembrando que obras estruturantes e reconstrução de escolas e prédios públicos capitaneados pelo Estado também fazem a diferença nesse cálculo.
“A Seaster não parou durante a pandemia e fez a intermediação de mão de obra em várias frentes e, tomando os devidos cuidados, vamos continuar, vamos melhorar em 2021”, antecipa Inocencio.
Análises – Técnico e pesquisador do Dieese, Everson Costa, afirma que o Pará gerou quase 40 mil empregos no total durante todo o ano passado, sendo o 10º estado brasileiro no ranking da geração de postos de trabalho. O impacto é ainda mais significativo por se tratar de um setor que mexe como um todo na economia.
“O emprego que é gerado no setor da construção civil coloca dinheiro, coloca condição e poder de compra na mão dos trabalhadores. Eles, por sua vez, dinamizam a economia a partir do momento em que partem para o consumo, seja no comércio, seja no serviço ou nos outros setores”, justifica Everson.
Ele destaca como decisões acertadas o sistema de bandeiramento implementado nas regiões do Estado, permitindo organização no retorno gradual das atividades, e a própria agenda estadual de obras públicas. A queda registrada em dezembro é esperada, já que as condições climáticas do período naturalmente desaceleram o expediente.
“A manutenção positiva da geração de empregos é um bom receptor para 2021, e cresce o otimismo, porque nós já estamos com vacina. À medida em que a gente vai vacinando a população, conseguimos trazer a normalidade de volta e expandir o plano de retomada econômica. Certamente, teremos a continuidade de obras públicas e outros fatores positivos fundamentais para ditar o ritmo de crescimento”, sugere Everson.
RG 15 / O Impacto com Agência Pará