Artigo – Barata, o herói revolucionário que batia duro contra o crime e a ignorância
Por Oswaldo Bezerra
A criminalidade sempre existiu e sempre vai existir. Ela é independente de raça, cor ou religião. Ela também não é característica de uma classe social em específico. A luta contra este mal da sociedade deve ser constante. A prevenção é feita com medidas preventivas como educação e geração de emprego e renda, mas também são necessárias medidas corretivas como prisão e penas duras.
Quem assiste hoje os vídeos da Repórter Lorena Morena, no seu programa “Na Rota do Crime”, pode pensar que a criminalidade chegou a um ápice nos dias de hoje. É um engano, no passado a criminalidade também foi grande e não menos cruel. Há um século a capital paraense já sofria com a crescente criminalidade.
Na época, só o surgimento de um valente herói paraense poderia acabar com a infindável tropa de marginais no estado do tacacá. Muito do que contarei aqui foi do que ouvi de meus pais e avós. Muito do que contarei aqui jamais poderia ser escrito em um livro de história. O nome do herói não é segredo para nenhum paraense, foi Magalhães Barata.
Para entender como Barata se tornou um herói do povo paraense é preciso saber como ele foi talhado. Foi na metade do ano de 1888 que Joaquim de Magalhães Cardoso Barata nasceu próximo do que é hoje o aeroporto internacional de Belém. Na época era conhecido como Distrito de Val-de-Cães.
Para sua sorte, teve uma infância no interior, na cidade Monte Alegre. Só uma vida no interior pode dar a uma pessoal a real medida de um povo e seus valores humanitários.
Barata ingressou na escola de oficiais do Exército onde se formou em 1911. Houve um movimento revolucionário em 1922. Barata, como homem do povo abraçou o Movimento chamado Tenetismo.
O Tenentismo foi um movimento político e militar realizado por jovens oficiais brasileiros durante o período da Primeira República. Estes oficiais estavam insatisfeitos com o sistema político brasileiro, sobretudo com as práticas do jogo político das oligarquias que entregavam nosso patrimônio ao estrangeiro e oprimiam os pobres.
O astuto paraense recebeu a incumbência de dirigir-se ao Paraná onde deveria prender o ministro da Guerra, Fernando Setembrino de Carvalho. O plano foi denunciado e Magalhães Barata foi preso em São Paulo, e transferido para uma prisão em Manaus.
Em 1924, o paraense já comandava a 3ª Companhia do 27º BC e ao lado de companheiros tenentes promoveu uma sublevação. Tomaram de assalto o quartel da polícia e o palácio do governo. Instalaram uma junta que passou a controlar a região.
Magalhães Barata trouxe a revolução para o Pará, quando ocupou a fortaleza de Óbidos, e tomaram o controle do Rio Amazonas. O governo federal enviou uma expedição comandada pelo general nacionalista (coisa rara hoje em dia) Mena Barreto que retomou Óbidos, derrotando nosso astuto paraense, que havia sido abandonado pelos rebeldes do Amazonas.
Magalhães Barata foi preso e conduzido para Belém. O herói paraense fugiu da prisão e refugiou-se no Uruguai. Ele só retornou durante a revolução de 30 quando Getúlio Vargas, o maior presidente nacionalista de nossa história, este que fora conduzido justamente por Nena Barreto.
Antes da vitória da revolução de Getúlio Vargas, Barata ainda foi preso mais uma vez e encaminhado para o Rio de Janeiro. Com a vitória da revolução, deixou a prisão e rumou para Belém, com o cargo de interventor federal no Pará no dia 12 de novembro de 1930.
Foi recebido em Belém com uma manifestação que só se vê hoje em dia quando times de futebol ganham algum campeonato importante. Pobre de espírito o povo de hoje que é alienado da realidade e vive em fantasias.
O herói paraense promovido a capitão três dias depois de sua posse como interventor, alcançou o posto de major em agosto de 1931. Foi um herói, mas ainda não tinha força política.
Graças ao hábito de percorrer sistematicamente o interior do estado, conseguiu consolidar sua capacidade eleitoral. Por exemplo, suas visitas a Santarém, preocupado com as atividades da Ford em Belterra, ganhou tanta força política que elegia prefeitos da região e fez muitas amizades como a de Antônio Conceição Albarado.
Em 1933, criou um educandário na ilha de Cotijuba. Na verdade era um presídio para jovens infratores. Foi o primeiro presídio do Pará. Sua criação foi justamente devida aos altos índices de criminalidade na época
Magalhães Barata comandou com braço de ferro contra os criminosos. O que a história não conta, mais que nossos idosos testemunham, é que os presos mais famosos e perigosos eram mortos imediatamente à chegada ao presídio. Criminosos reincidentes nem chegavam à ilha. Eram jogados do navio para morrerem afogados. Os jornais criavam manchetes como “fuga em massa de presos em alto mar”.
Barata não foi realmente um apaziguador da ordem pública. Porém, todos que viveram em sua época se sentiam felizes e aliviados, pois o Pará estava livre de marginais. Por isso, para muita gente Magalhães Barata foi um dos grandes heróis que nossa terra viu nascer.
Não foi só sua luta contra o crime que deixou sua marca. Sob sua liderança houve importante avanço no que se refere à oferta educacional do governo revolucionário, tanto quantitativamente como em termos de inovação pedagógica, como por exemplo, o uso do rádio e da implantação da Escola Nova.
O aumento significativo das matrículas e da quantidade de estabelecimentos escolares não deixou dúvidas quanto à preocupação com a expansão das oportunidades de escolarização por parte do governo revolucionário.
Foram idas e vindas ao governo do Estado. Em 1955 foi eleito com o apoio de Juscelino Kubitschek. Neste mandato Magalhães Barata morreu em pleno exercício, no dia 29 de maio de 1959, aos 70 anos.
Foi o maior líder da história republicana do Pará, seu grande legado foi uma constante luta pelos direitos do povo e o fim da criminalidade. Sua origem humilde o fez ter a exata noção do valor do trabalhador e de nossa nação como país soberano.
Ele é um exemplo para o paraense que, nos dias de hoje, vê seus direitos como trabalhador e sua previdência serem retirados e não movem um dedo a seu próprio favor. Um monumento foi erguido em sua memória em Belém. Hoje está abandonado e destruído. Estaria assim também a tenacidade do povo paraense nos dias de hoje?
RG 15 / O Impacto
Não vivemos alienados, como afirma o colunista, muito pelo contrário, estamos mui atentos contra as raposas vermelhas que sempre souberam insuflar o povo com falsas promessas de progressos sociais e denunciar “tudo que está aí”, porém quando assumiram o poder o que vimos foi mera compra de consciência e dos votos dos mais humildes, enquanto calavam a mídia com enxurradas de verbas públicas. Incharam as empresas estatais com companheiros de partido e de ideologia, enquanto roubavam seus fundos de pensão e promoviam o descalabro do Tesouro, aliando-se a empreiteiros coniventes com os assaltos e generosos distribuidoras de propinas, os pixulecos, segundo o líder máximo da roubalheira, vulgo Ratão 51. Num arroubo de bondade internacional, jogaram o suado dinheiro do povo brasileiro em obras faraônicas em países de mesma identidade marxista, conquanto empreiteiras nacionais realizavam tais obras, superfaturadas, retribuindo com gordas propinas aos ladrões comunistas. Precavendo-se, esses ladrões da Nação aparelharam a justiça com companheiros também vermelhos, já temerosos de acertos futuros com a lei, o que veio desembocar na maior e deslavada conivência da lei com criminosos, de todas as matizes, que os brasileiros já viram. Realmente faz muita falta um novo Magalhães Barata, enquanto vicejam marginais ideológicos salteadores dos cofres públicos, merecedores de afogamentos sumários seja no mar ou no Amazonas !