Músicos e empresários manifestam por retorno de atividades profissionais

Na manhã de segunda-feira (24), o setor do entretenimento, formado por produtores, músicos, empresários, segurança, garçons, bilheteiros e outros, esteve reunido em frente ao Fórum de Santarém para reivindicar o retorno das atividades profissionais.

A manifestação, com os participantes vestidos de preto para simbolizar o “luto” da profissão, reuniu pessoas autônomas, ou seja, aqueles não possuem renda fixa dentro da cadeia produtiva do entretenimento. Tais profissionais estão “impedidos” de trabalhar por causa de ordem judicial expedida no dia 19 de dezembro de 2020, através de liminar determinada pelo Juiz Claytoney Passos.

O manifesto teve como principal objetivo uma conversa com a autoridade responsável para que reconsidere a liminar e assim o setor possa retornar com as suas atividades. De acordo com um dos músicos, David Santos, a classe do entretenimento são os que mais movimentam a economia local.

“O setor não é só formado por músicos, empresários e produtores, mas também bilheteiros, garçons, segurança, os motoristas por aplicativos, é toda uma cadeia de produção que está sendo prejudicada. Estamos vivendo de doações, mas as pessoas não aguentam mais doar, precisamos trabalhar. Houve situações em que pais de famílias não tinham o que dar de comer para seus filhos”, afirmou o músico.

No dia 30 de abril foi enviado um pedido de reconsideração da liminar. O Ministério Público se mostrou favorável, mas de acordo com o advogado do setor do entretenimento, a decisão depende do juiz.

“E, independente do bandeiramento determinado pelo Governador ou Prefeito, os decretos não se sobrepõem à liminar. O Ministério Público já ofereceu as informações sobre o rebaixamento de bandeiramento, bem como da situação geral mais branda sobre a covid, entretanto, todos aguardamos a posição do juiz. Agora surgiu mais um agravante, que é a entrada de contágio pela tripulação do navio no Maranhão. Só nos resta aguardar”, destacou o músico Rick Miranda.

Os profissionais estão com as atividades paralisadas há mais de um ano e muitas outras reuniões já foram realizadas, mas sem êxito. A situação epidemiológica do município ainda requer cuidados e determinadas decisões exigem medidas de seguranças mais rigorosas que precisam ser analisadas.

Por Diene Moura

RG15/O Impacto – Colaborou Lorena Morena

Foto: Edinei Silva

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