Artigo – [Vídeo] A era do robô assassino: o drone autônomo que caçou e eliminou humanos na Líbia

Por Oswaldo Bezerra

Uma guerra comandada e administrada por inteligência artificial (IA) está cada vez mais próxima. Os eventos na Líbia são a referência. Apesar dos vários pedidos de proibição, os robôs assassinos já são a nossa realidade apocalíptica e aterrorizante dos conflitos sem lei do futuro.

Os especialistas já previam há décadas este caminho sem volta. O caminho do militarismo tecnológico de robôs assassinos. Desenvolvimentos recentes sugerem que já estamos na era dos robôs assassinos.

De acordo com um relatório das Nações Unidas de 548 páginas visto pelo New Scientist, um drone “letal” como arma caçou alvos humanos de forma completamente autônoma. Foi um quadricóptero Kargu-2 que se encarregou de caçar durante uma escaramuça entre as forças do governo líbio e os leais ao rival Khalifa Haftar na Líbia.

O Kargu, é conhecido como “drone ocioso”, usa a identificação de objetos baseada em aprendizado de máquina para determinar e engajar alvos. Ele também possui recursos de enxame, que permitem que até 20 drones trabalhem juntos.

O Kargu dirigido para detonar com o impacto, estava operando em um ambiente em que não podia ser controlado por um humano. Embora seja tecnicamente legal, de acordo com as regras do conflito armado, atacar um soldado em retirada, pelo menos duas questões imediatas vêm à minha mente.

Um drone assassino pode diferenciar um soldado que se rende de um combatente que está simplesmente recuando? Por que confiaríamos em um drone para fazer essas diferenciações de forma autônoma? Você poderia se render ao drone se quisesse?

Mesmo as guerras possuem regras. Não pode ser apenas uma questão de encolher os ombros e dizer, iríamos matar os inimigos de qualquer maneira, por que não manter nossas próprias tropas e pilotos seguros no processo? Podemos confiar que as armas totalmente autônomas são capazes de cumprir as leis e regras humanitárias internacionais.

Israel é acusado de violar essas regras internacionais de forma rotineira. Se o exército de Israel está destruindo moradias de civis, campos de refugiados e sedes da mídia internacional, é temeroso pensar do que um robô autônomo poderia ser capaz.

A OpenAI é uma empresa líder mundial em IA. Ela desenvolveu um sistema que pode classificar uma maçã como Granny Smith com 85,6% de confiança. Ainda assim, cole um pedaço de papel que diz “iPod” na maçã, e o sistema de visão de máquina conclui com 99,7 por cento de confiança que a maçã é um iPod.

Em uma experiência, os pesquisadores de IA mudaram um único pixel em uma imagem, fazendo com que um sistema de visão de máquina classificasse um bombardeiro furtivo como um cão. Na guerra, um oponente poderia simplesmente pintar “ônibus escolar” em um tanque ou, mais maliciosamente, “tanque” em um ônibus escolar e assim enganar uma arma autônoma.

Os grupos de direitos humanos como a Human Rights Watch pediram o fim da tecnologia de “robôs assassinos”, fazendo campanha pela proibição do desenvolvimento, produção e uso dessas armas. A ONU também debateu no passado a proibição dessa tecnologia. Na época, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, referiu-se às máquinas como “moralmente repugnantes”.

Até Elon Musk pediu a proibição do futuro dessa tecnologia. E olhe que Elon Musk é um criminoso financeiro que despreza os trabalhadores e seus sindicatos. Ele acha que esta tecnologia é aterrorizante. Claro que ele mudará de opinião se ganhar os direitos de monopolizar e produzir estas armas em massa para o exército norte-americano.

É improvável que os Estados Unidos, Rússia ou China ou qualquer outra parte que esteja desenvolvendo essa tecnologia atenderá às chamadas e sinais de alerta em um futuro próximo. Na última década, os militares dos EUA testaram em várias ocasiões um implante cerebral que permite a um operador humano controlar até três drones simultaneamente usando apenas suas mentes.

De acordo com o Marine Corps Times, as Forças Armadas dos EUA têm procurado promover um “enxame de drones suicidas”, que daria a um único operador o controle de 15 drones suicidas com “carga mínima de operador”. Os militares do Reino Unido também investiram significativamente nesta área.

De acordo com o Guardian, na próxima década, mais de 80.000 drones de vigilância e quase 2.000 drones de ataque deverão ser comprados em todo o mundo. Acontece que os drones de ataque não são baratos, então os cidadãos de todo mundo terão que continuar sentados nas listas de espera por cuidados de saúde e moradias populares, já que os governos estarão muito ocupados e endividados produzindo robôs assassinos.

RG 15 / O Impacto

 

2 comentários em “Artigo – [Vídeo] A era do robô assassino: o drone autônomo que caçou e eliminou humanos na Líbia

  • 4 de junho de 2021 em 17:48
    Permalink

    REALMENTE, GOVERNOS ESTÃO OCUPADOS COM A TECNOLOGIA MILITAR, PRINCIPALMENTE A COMUNISTA CHINA, QUE SE ARMA ESCANDALOSAMENTE, DESAFIANDO O MUNDO !

    Resposta
    • 5 de junho de 2021 em 12:36
      Permalink

      Como poderemos nos tranquilizar com essa notícia diante da situação caótica que é esse vírus que não acaba e informam outros todos os dias. Só Deus pra paralisar essas ideias tecnológica para o lado pior do Planeta contra seres humanos como nós. Deus no comando.

      Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *