Artigo – Cem anos de… qualquer coisa louca, é Brasil

Por Oswaldo Bezerra

O excelente livro “Cem Anos de Solidão” retrata uma metáfora da dura condição latino-americana. É a história brutal e às vezes inacreditável dos países latino-americanos. Condição esta que se repete em todos os países da América do Sul e no Brasil não é diferente.

Talvez inspirado neste livro, o Exército brasileiro lançou a condição dos “cem anos de vergonha”. No entanto, a criação militar não é uma obra digna de Nobel de literatura, como foi a obra de Garcia Marquez, mas sim um capítulo vergonhoso para a nossa história.

Militares do Exército são proibidos por lei de opinar sobre política em odos os países do mundo. Participar de atos políticos nem pensar. Não é incomum a exoneração de militares da ativa mundo afora por manifestação política.

O mais vergonhoso de tudo no caso do Pazuello foi que o Exército atribuiu a lei de sigilo de 100 anos em processo sobre ida de Pazuello ao ato político com Bolsonaro. A desculpa da Corporação para o sigilo é não revelar dados pessoas daquele que foi o pior Ministro da Saúde da história do Brasil.

No resto do mundo a coisa toca de maneira diferente. No governo de Tavarez, no Uruguai, militares de alto escalão foram presos por emitir opinião política.

Caso o episódio político que se envolveu Pazuello acontecesse nos EUA o resultado teria sido trágico para o militar obeso. O general que absolveu Pazuello ainda ganhou de quebra uma medalha do Bolsonaro.

O chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, Mark Milley, disse que os militares de lá defendem a Constituição norte-americana independentemente do custo pessoal.

Disse ele: “Somos únicos entre os militares; não fazemos juramento a 1 rei ou rainha, a 1 tirano ou a 1 ditador; não fazemos juramento a 1 indivíduo; não fazemos juramento a 1 país, a uma tribo ou religião; fazemos 1 juramento à Constituição”.

O General Milley que era ano passado a maior autoridade militar do país reconheceu que a presença dele naquela caminhada junto a Trump para uma igreja representou um ato não ético para um militar. O ato desencadeou um debate nacional sobre o papel dos militares na sociedade civil. O general fez um pronunciamento pedindo publicamente desculpas a nação.

O vice-presidente Mourão concordou que Pazuello deveria ser punido, mas ele mesmo cometeu uma mesma falta grave, na época ele foi colocado na reserva. Pazuello, ao contrário do que se poderia imaginar, foi premiado com um cargo na Secretaria-Geral do Exército.

Nem Garcia Marquez, o famoso e premiado escritor, conseguiria ter tanta originalidade para descrever uma situação tão inacreditável como esta. A realidade dos países latino americanos, conhecidos como “Repúblicas das Bananas”, supera para pior em muito a ficção dos maiores escritores do mundo.

 

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RG 15 / O Impacto

3 comentários em “Artigo – Cem anos de… qualquer coisa louca, é Brasil

  • 11 de junho de 2021 em 23:10
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    Sclovis(?), vc está desorientado, como todo PTreva. Quem foi flagrado com drogas foi um sargento da Aeronáutica e o avião também é da Força Aérea; ao contrário da Venezuela, o referido militar ainda encontra-se preso aguardando sua provável expulsão , bem o oposto da Venezuela onde os chefões do tráfico são generais, aliás procurados pela Interpol !!!

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  • 11 de junho de 2021 em 21:46
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    Quem transporta cocaína em avião presidencial é o exercito brasileiro não o Venezuelano.

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  • 11 de junho de 2021 em 19:12
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    Cem anos de vergonha foi o que a humanidade teve que testemunhar após a implantação do comunismo na Rússia, onde 20 milhões de pessoas foram mortas e o genocídio prosseguiu por diversos países, que tiveram a desgraça de ficar sob as garras do tiranos vermelhos; os chineses tiveram massacrados mais de 40 milhões de compatriotas, depois vieram a Coréia do Norte, Vietnã, Cambodja,etc, além de países da Europa, da África, da América do Sul e Central ! Calcula-se em mais de 120 milhões de assassinados pela fome e fuzilados ! Óbvio que o vermelho e manhoso articulista nada menciona sobre esses genocídios, mas vem falar de ética e isenção política dos militares, mencionando como “crime” um general do Exército acompanhar Bolsonaro numa carreata, enquanto militares venezuelanos, chefiados pelo ditador Maduro, criaram o maior cartel de drogas da América do Sul !

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