[Vídeo-Artigo] A soberania que nos falta
Por Oswaldo Bezerra
A origem da palavra soberania vem do latim supremitas e potestas, que significam Poder e Supremo. Um poder é dito soberano quando não existe outro superior a ele.O Estado Moderno que conhecemos nasceu da fragmentação do Feudalismo. Suas principais características são: um só poder, um só exército, autoridade soberana e administração unificada.
A garantia da soberania está atrelada à manifestação do poder exercido por um país, quando este consegue manter suas fronteiras em paz e o seu espaço doméstico livre de quaisquer contestações internas. Contudo, o principal de tudo é necessidade do Estado manter distantes também possíveis contestações externas à sua soberania, que se manifestem por interferência de outros Estados nos assuntos internos de seu país.
Definitivamente o Brasil não tem uma soberania plena. Por não a ter não evolui, não se torna a superpotência que seu território nos proporciona. Sem soberania também somos obrigados a não nos desenvolvermos tecnologicamente. A pergunta é, será que o Brasil teria condições de grandes feitos tecnológicos?
Há alguns dias assistimos uma nação com um PIB inferior, com uma população menor, com menos riquezas naturais realizar um gigantesco feito tecnológico. Foi a Rússia. O país euroasiático lançou um laboratório inteiro ao espaço.
A Rússia lançou um foguete carregando um módulo que é laboratório multifuncional, que deve chegar à Estação Espacial Internacional na próxima semana. Chamado de ‘Nauka’, ele será anexado a Estação Espacial Internacional (EEI) e se tornará o principal segmento científico da Rússia.
O lançamento, que ocorreu no Cosmódromo de Baikonur na tarde da última quarta-feira, no foguete Proton-M, carregando o laboratório. Menos de dez minutos após a decolagem, o Proton-M se destacou do módulo, colocando-o em órbita. Deve ser atracado na seção russa da EEI em 29 de julho.
Nauka, que será usada em experimentos, também pode gerar oxigênio para seis pessoas e regenerar a água da urina. Também terá um segundo banheiro para cosmonautas russos e poderá acomodar um terceiro membro da tripulação.
Anexado ao módulo está um Braço Robótico Europeu (ERA) que pode ajudar na instalação e substituição dos componentes da estação sem a necessidade de realizar uma caminhada no espaço.
O módulo Nauka estará localizado no porto nadir do Módulo de Serviço Zvezda e se destina à implementação do programa russo de pesquisa científica e aplicada e experimentos, informou a Roscosmos em um comunicado.
Feito de aço inoxidável, liga de alumínio e kevlar, o Nauka substituirá o módulo Pirs, que foi lançado em 2001. O Pirs se destacará na sexta-feira e será levado pela espaçonave Progress para afundar no Oceano Pacífico.
No início deste ano, o chefe da Roscosmos, Dmitry Rogozin, revelou que Moscou se retiraria do projeto da EEI(estação espacial internacional)em 2025 e criaria sua própria estação espacial se os EUA continuassem a impor sanções ao setor espacial russo. O presidente Vladimir Putin já assinou um projeto para uma estação orbital exclusiva para a Rússia, que deverá consistir de três a sete módulos. Isso é ter soberania.
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RG15/O Impacto