Investigações sobre queda de torres chegam ao 18º dia em Pacajá
Passados 18 dias do desabamento das torres de transmissão de energia, que culminou com a morte de sete trabalhadores, no município de Pacajá, no dia 16 de julho, a Polícia Civil do Pará informou, na tarde desta terça-feira (3), que as investigações sobre o caso continuam. Segundo a PC, cerca de dez testemunhas já foram ouvidas pelo delegado Rafael Costa Buzar, responsável pelo fato.
A Polícia Civil disse também que aguarda o laudo pericial feito pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC). O inquérito tem o prazo de 30 para a conclusão, período que pode ser prorrogado por mais 30.
No dia 19 de julho, quatro dias após a queda das torres e de investigações, o delegado do caso afirmou que a principal linha de investigação é de acidente de trabalho. Não se pode, porém, descartar a possibilidade de um crime, segundo ele.
Equipes do Núcleo de Engenharia Aplicada (NEA), do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC), sediado em Belém, estiveram no local. Entre as perícias solicitadas está a que envolve constatação de danos, verificando se a estrutura das torres era capaz de sustentar todo o sistema de cabeamento da linha de alta tensão que estava sendo construída.
Os peritos também confirmaram que, em análise imediata, a queda poderia ter consequências incalculáveis caso a linha de transmissão estivesse energizada.
Todas as análises serão reunidas no laudo definitivo sobre as causas do desabamento, para ajudar a concluir o inquérito policial instaurado, principalmente no que se refere aos possíveis culpados pelo acidente.
Vítimas
A perícia criminal realizada no dia do acidente constatou que 12 pessoas estavam trabalhando nas torres no momento da queda. Cinco operários morreram na hora e dois foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos. Quatro pessoas envolvidas no acidente receberam atendimento pelo Estado. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), a instituição não divulga o estado de saúde dos pacientes, sem consentimento da família.
Fonte: O Liberal