Ações de segurança e investimentos reduzem crimes nas regiões fluviais do Pará
Investimento em tecnologia e ações ostensivas voltadas ao combate e a criminalidade nas áreas fluviais do Estado vêm refletindo em resultados positivos na redução dos crimes de roubo a bordo de embarcações e às residências e estabelecimentos localizados nas regiões ribeirinhas. Em julho deste ano, a redução foi de 35% quando comparado com o mesmo período do ano de 2020. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), que por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac) monitora os índices da criminalidade em todo o território paraense.
Operações específicas voltadas as regiões de rios do estado, além de um forte investimento em novas embarcações, com tecnologia avançada e mais equipadas para o enfrentamento à criminalidade nas áreas de rio são uma das estratégias montadas pelo Grupamento Fluvial de Segurança Pública (Gflu), vinculado à Segup, que contribuem para a diminuição dos crimes relacionados às regiões ribeirinhas, como explica o diretor do Gflu, delegado Arthur Braga.
“Diversas operações foram desencadeadas este ano, as quais tiveram reflexos na redução da criminalidade, em comparação ao ano de 2020. Atuamos, a exemplo, nas operações Euterpe, Tarrafa, Peconha, Netuno, além da Operação Verão 2021, entre outras, nas quais empreendemos nossos esforços para o enfrentamento à criminalidade nessa que é uma das regiões mais estratégicas do nosso estado, em virtude de sermos cercados pelos rios”, falou o diretor do Grupamento, que destacou ainda a participação dos órgãos de Segurança do Estado e as ações de inteligência que auxiliam para o alcance de bons resultados.
“É importante destacar, principalmente, a dedicação dos agentes dos órgãos integrantes do Sistema de Segurança que participam das operações coordenadas pelo GFLU, as quais são direcionadas por um trabalho estratégico de inteligência subsidiado pelas informações prestadas por diversas fontes, dentre elas a Siac, que fornece dados dos delitos de roubo a bordo de embarcações e residências ribeirinhas em todo o Estado. Isso gera elementos para o direcionamento das ações que tem atuado de forma eficaz, potencializada pelos investimentos em embarcações e equipamentos de ponta para os policiais, que têm condições de agir de forma segura e eficaz, através de lanchas blindadas, com poder, dentre outras qualidades, de visão noturna e termal, alta velocidade e diversidade na navegação marítimo-fluvial”, ressaltou.
Renovação
O Governo do Estado investiu na renovação e modernização da frota do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFLu), que em 2020 iniciou com as compras, após oito anos da última aquisição, com a entrega da lancha “Aruanã”, a primeira embarcação blindada do Sistema de Segurança Pública do Pará, em dezembro. Desde então, nove veículos aquáticos foram entregues e distribuídos aos municípios de Igarapé-Miri, São Sebastião da Boa Vista, Marabá, Cachoeira do Arari, Abaetetuba, Algodoal, além de Belém, que abriga as embarcações que ficam à disposição para uso em várias localidades.
Base Fluvial
Esta sendo implantada também a primeira base integrada flutuante da segurança pública, denominada “Antônio Lemos”, que será instalada à margem direita do Rio Tajapuru, no distrito de Antônio Lemos, localizada no município de Breves. A base será um ponto estratégico da Segurança para controlar e monitorar parte do fluxo de embarcações oriundas dos estados do Pará, Amapá e Amazonas, com objetivo de fortalecer ainda mais as ações fluviais de segurança pública.
“As polícias dos municípios também estão recebendo capacitação para fortalecer as ações pontuais dos municípios, inclusive, nas localidades que nunca tiveram embarcações para atuação policial estão abastecidas para potencializar as atividades. A tendência é reduzir cada vez mais os crimes fluviais com os investimentos que estão por vir, a exemplo de bases fluviais integradas como a de Breves que ficará localizada em ponto estratégico por onde convergem as rotas oriundas do Amazonas, Amapá, e Itaituba que recebe cargas de Mato Grosso e Estado adjacentes, com grande fluxo de soja, por exemplo. O Gflu está iniciando também um projeto técnico de autoconhecimento da logística e operacionalidade atual para subsidiar novos investimentos em estrutura física e qualificação de servidores para a atuação fluvial”, finalizou Arthur Braga.
RG 15 / O Impacto com Agência Pará