Avô é acusado de estuprar as netas de 3 e 6 anos no Amapá
O juízo da Comarca de Ferreira Gomes, distante 137 quilômetros da capital, Macapá, decretou a prisão preventiva de Adriano Douglas Souza Lobato, de 48 anos, o ‘Gatão’, que foi denunciado pelo crime de estupro de vulnerável cometido contra suas netas de 3 e 6 anos de idade. A denúncia foi feita pela própria filha do acusado, Adriane Tavares, de 27 anos. Ele é considerado foragido pela polícia.
Durante entrevista exclusiva na manhã desta sexta-feira (10) ao programa radiofônico LuizMeloEntrevista, Adriane revelou que descobriu os abusos sexuais sofridos por suas filhas no dia 3 deste mês. Ela mora na comunidade de São Raimundo, onde o caso se passou.
“Esse monstro chegou na sexta-feira (3) da região do Vila Nova, onde ele trabalha como motorista de uma kombi escolar. Ele veio em casa e pegou minha filha de 3 anos, dizendo que ia leva-la para ‘passarinhar’. Eu jamais imaginei que ele fosse cometer essa monstruosidade. Cerca de duas horas depois ele chegou todo molhado com milha filha, dizendo que tinham tomado banho no igarapé. Quando fui passar o talco nas partes íntimas ela reclamou e disse que não era pra eu tocar porque ‘o vovô tinha mexido’. Ela não quis comer nada. Contei ao meu marido e ele me mandou ir questionar o meu pai. A reação dele [pai] foi explosiva”, relatou.
Adriane disse que o pai ordenou que ela fosse ao hospital com a criança e que ele iria atrás, em outro carro. “Quando chegamos ao hospital, os médicos constataram sinais do estupro. De imediato, acionamos a Polícia Militar, mas quando retornamos à comunidade, o Adriano já havia fugido”, revelou.
A mulher contou ainda que a filha de 6 anos lhe confessou também ter sido violentada sexualmente pelo avô, e que isso ocorreu por várias vezes. “Quando denunciei o caso, descobri que pelo menos outras cinco meninas da minha família haviam sido estupradas por ele, quando menores. Hoje, já são maiores de idade. Ele sempre ameaçava as vítimas. Esse monstro anda armado com uma pistola. Só quero que ele seja preso e pague pelos crimes. Sabe Deus quantas vítimas mais ele já não fez.”
A prisão preventiva foi requerida pela delegada Tainá Cavalcante, presidente do inquérito. Qualquer informação sobre o paradeiro de Adriano Gatão – que já responde a outros processos – pode ser feita ao Disk Denúncia da Polícia Civil de Ferreira Gomes (96) 99130-104. A identidade do denunciante será mantida sob sigilo absoluto.
Fonte: Diário do Amapá
Foto: Reprodução