Organizadores do “Soldadinho Mirim” estariam utilizando nome de instituições militares para promover curso
Durante o fim de semana, o 4° Grupamento de Bombeiros Militares (4° GBM) recebeu diversas ligações de mães questionando se o curso para “Soldadinho Mirim” possuía vínculo com a corporação de Santarém. Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (6), o Capitão Silva informou que após terem conhecimento das denúncias negaram de imediato qualquer relação com o referido projeto e foram em busca de mais informações.
“Nos deslocamos até o local onde estava tendo a divulgação do projeto, porque muitas mães chegaram até o local e apareciam muitas imagens de instrução, de utilização de viaturas e doutrina militar para crianças. Um projeto com imagens que associavam ao Bombeiro Militar. Assistimos a palestra e no decorrer da mesma os idealizadores informavam que não tinha nenhum vínculo com o Corpo de Bombeiros. Porém, durante a palestra algumas informações foram repassadas que haveriam instrutores de Bombeiros Militares”.
O projeto divulgado inicialmente não cobrava nenhum valor para ser ministrado. No entanto, no final da apresentação do projeto cobravam um valor estimado de R$ 900 a R$ 1.000 mensais durante 10 meses, variando de acordo com a forma de pagamento. Após participarem à paisana da palestra, os bombeiros militares acionaram a Polícia Militar e convidaram os responsáveis pela divulgação do curso a prestar esclarecimentos através de comprovações documentais na 16° Seccional de Polícia Civil.
O Capitão Silva informou que o único projeto social do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará é o Projeto Escola da Vida, que se encontra com as atividades suspensas devido ao cenário pandêmico pelo qual o nosso país passa. “A previsão de retorno está marcada para o ano de 2022, caso a situação da pandemia de covid-19 melhore no país e de acordo com as instituições sanitárias. Se isso acontecer será amplamente divulgado na imprensa local aqui na cidade de Santarém, assim como nas mídias sociais da corporação militar”, finalizou o Capitão.
Os pais das crianças foram ressarcidos com valores já pagos ao curso. Outros registraram boletim de ocorrência para receberem o reembolso que até o momento não foi possível. Já os envolvidos na divulgação do curso assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na delegacia e foram liberados.
Por Diene Moura
RG15/ O Impacto – Colaborou Lorenna Morena