MPF requisita informações sobre providências tomadas contra invasão da Terra Indígena Xipaya (PA)
O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofícios à Polícia Federal, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) requerendo informações de forma detalhada de todas as providências que os órgãos estatais tomaram após a denúncia realizada por liderança indígena, Juma Xipaya.
O território Xipaya, está localizado a cerca de 400 quilômetros de Altamira, na região do médio Xingu, no Pará. Na quinta-feira (14/04), a liderança indígena, Juma Xipaya, alertou sobre a entrada de uma balsa de garimpo com três andares na área indígena. Em vídeo, que viralizou nas redes sociais, a liderança relata que garimpeiros estariam ameaçando quem tentasse impedi-los.
Segundo o MPF, ainda na madruga do dia seguinte (15/04) foram emitidas notificações, via ofício, a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Ibama, a Polícia Federal (PF), a Polícia Militar e a Polícia Civil.
Ainda de acordo com o Órgão Fiscalizador, nas horas seguintes, após notificação, “equipes do Ibama e do ICMBio, com apoio da Força Nacional, que já estavam fazendo operações de fiscalização na área, percorreram a região por via aérea e fluvial, mas os garimpeiros tinham conseguido esconder a balsa, após a repercussão do vídeo de denúncia da liderança indígena.”
No sábado (16/04) a PRF informou que Balsa de garimpeiros invasores de território indígena foi localizada e apreendida em Altamira, dentro da Reserva Extrativista (Resex) Riozinho do Anfrísio, unidade de conservação vizinha à Terra Indígena Xipaya. No mesmo dia, o Ministério da Justiça e Segurança Pública noticiou que a balsa foi encontrada com muita dificuldade, pois estava em um local que não permitia fácil visualização pelos helicópteros. Por isso, foram necessária buscas com lanchas pelos afluentes do rio Iriri.
Na embarcação – toda de metal, com 30 metros de comprimento e três andares, estavam cinco adultos e dois adolescentes. Os menores foram apreendidos e ficaram sob os cuidados da Justiça. Os adultos prestaram esclarecimentos na delegacia da Polícia Federal, na cidade de Itaituba.
Na segunda-feira (18/04) o MPF informou que solicitou informações sobre as providências que foram adotadas pela PF, Ibama e ICMBio, responsáveis pela fiscalização ambiental e também pela apuração de eventuais crimes ambientais. Pois, segundo informações da imprensa e dos moradores da região, todos teriam sido soltos. (Com informações do MPF).
O Impacto