Mulher é presa suspeita de mandar matar mãe e irmão por herança
A Polícia Civil do Espírito Santo prendeu, na quinta-feira (21/7), uma mulher, de 56 anos, por suspeita de ser a mandante do assassinato da mãe, de 80 anos, e do irmão, de 58, no município de Jerônimo Monteiro, no sul do estado. A corporação afirma que o crime foi cometido para que a mulher ficasse com a herança — uma fazenda, veículos e cabeças de gado da família.
A própria mulher que é suspeita de encomendar o crime, acionou a polícia em 31 de março para informar o desaparecimento dos familiares. Ela, que não mora na fazenda, disse aos agentes que não conseguia contato com a mãe e o irmão e que o carro dele foi encontrado na cidade com a chave na ignição.
Na época, ela pediu que a polícia fosse até a fazenda porque achava que os dois poderiam estar presos na casa. Ao chegar na propriedade da família, a idosa e o filho não foram encontrados e a casa estava revirada — roupas e documentos não estavam no local.
A investigação chegou até três homens. Os dois primeiros, de 21 e 23 anos, foram apontados como executores do crime e foram presos em 2 de maio. O terceiro foi preso na quarta-feira (20/7) e informou aos policiais que foi a filha da idosa quem encomendou o crime. Um homem de 55 anos também foi preso por ser acusado de intermediar a negociação do crime. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela polícia.
O delegado responsável pelo caso, Fábio Teixeira Machado, disse que o último suspeito revelou que as duas vítimas foram queimadas. A idosa e o filho, e também um cachorro da família, foram mortos a pauladas e depois foram incendiados com lenha e combustível na fazenda em que viviam.
A polícia foi até o local onde os criminosos afirmam ter cometido o crime, mas não encontrou restos mortais visíveis. Uma perícia será feita para averiguar se há resquícios de ossos entre as cinzas.
Um dos executores do crime contou que a filha da idosa prometeu um carro, um Fiat Strada, no valor de R$ 45 mil, que era da vítima, e mais R$ 20 mil em espécie, que seriam obtidos após a venda de algumas cabeças de gado cultivadas no local. A mulher negou as acusações.
Os homens foram levados ao Centro de Detenção Provisória do município de Cachoeiro de Itapemirim e a mulher foi encaminhada ao Presídio Feminino do mesmo município. Todos responderão por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Fonte: Correio Braziliense