Servidores da Receita Federal são presos pela PF em operação contra corrupção e tráfico de drogas
Dois servidores da Receita Federal foram presos na manhã desta quarta-feira (17) acusados de participarem de um esquema criminoso de tráfico internacional de drogas saindo do Porto de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio. Os dois agentes foram detidos durante a Operação Ártemis, deflagrada pela Polícia Federal (PF), Receita Federal e Ministério Público Federal (MPF). A ação é oriunda de uma investigação da Receita que em 2020 detectou “condutas suspeitas de servidores” com o tráfico de drogas saindo do ancoradouro. A operação é um desdobramento da operação das polícias Civil e Federal, do ano passado, que apreendeu cerca de 600kg de drogas escondidas em mangas em contêineres e que seriam levadas para a Europa.
Os presos são dois analistas tributários da Receita e foram localizados um em Campo Grande, e outro no Recreio dos Bandeirantes. Além dos dois mandados de prisão, os agentes também cumprem 31 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio. A Justiça ainda determinou o sequestro de bens e valores dos envolvidos que ultrapassam R$ 30 milhões.
De acordo com a PF, o objetivo da operação desta quarta é “desarticular organização criminosa composta por agentes públicos, empresários e outras pessoas, que tinha por finalidade a prática de crimes atinentes ao comércio exterior, corrupção, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro”.
Ainda segundo a instituição, “a investigação teve início em 2020 a partir da comunicação feita pela Receita Federal do Brasil à Polícia Federal, após ações corretivas coordenadas pela Receita no Porto de Itaguaí, quando foram detectadas condutas suspeitas de servidores e agentes externos. Com o aprofundamento das investigações, descobriu-se a participação de várias outras pessoas em conluio no contrabando, facilitação de contrabando, tráfico de drogas e lavagem de capitais”.
As buscas e apreensões e prisões acontecem nos municípios do Rio e Itaguaí; Santos e São Vicente, em São Paulo, em Belo Horizonte, Vitória e em Maceió. Por conta da convergência da investigação e dos envolvidos, a Operação Ártemis se desenvolve, simultaneamente, com a Operação Efeito Cascata, deflagrada pela PF em São Paulo.
Fonte: Jornal Extra
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