Para reduzir desligamentos, Celpa investe em automação
Uma nova tecnologia utilizada pela Celpa está contribuindo para reduzir o tempo de desligamentos acidentais de energia elétrica: a automação. Por exemplo, um desligamento provocado pela queda de uma árvore sobre um circuito elétrico de distribuição (alimentador) pode atingir de duas a cinco mil unidades consumidoras, em média, localizadas nos diversos quarteirões atendidos pelo mesmo circuito. Quando o ponto do problema é detectado, equipamentos com comando remoto são utilizados para isolar o trecho problemático, fazer a transferência do fluxo de energia elétrica e, assim, restringir ao mínimo possível o número de consumidores afetados pela interrupção.
Para ilustrar como isso se dá na prática, o diretor de operações da Celpa, Samir Bazzi, cita a última saída de operação da Subestação Jurunas, ocorrida no final de agosto, quando uma tela de proteção de um prédio em construção atingiu, pela segunda vez, a linha de transmissão que alimenta a subestação. “Em apenas dois minutos, nosso centro de operações conseguiu manobrar as cargas de seis alimentadores da referida subestação. Se as chaves fossem manuais, as equipes poderiam levar até uma hora e meia para executar a mesma operação, especialmente porque naquela noite havia chovido e era um horário em que o trânsito no centro da cidade ainda estava bastante intenso”, detalha. Como não houve rompimento da linha e a tela caiu, a energia da subestação foi restabelecida em apenas 10 minutos.
OPERAÇÃO
Operados por comando digital, os equipamentos com comando remoto (chaves e religadores telecomandados) ficam instalados na rede elétrica e espalhados por diversas partes da cidade. A comunicação entre o equipamento e o Centro de Operação da Distribuição (COD) é feita por fibra ótica e ondas de rádio. De acordo com o diretor de operações da Celpa, em breve será possível ampliar ainda mais a funcionalidade desses equipamentos, que poderão inclusive indicar o local de uma eventual anomalia, facilitando ainda mais o trabalho dos eletricistas em campo.
Fonte: RG 15/O Impacto